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Artigo descreve experiência de telerreabilitação de pacientes com doenças cardiopulmonares
Durante o período da pandemia, pacientes do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG/Ebserh) com doenças cardiopulmonares tiveram de dar sequência aos seus tratamentos de reabilitação de maneira remota.
As implicações desse processo foram relatadas por um grupo de pesquisadores da UFMG em artigo publicado recentemente na Revista Interfaces – revista de Extensão da UFMG.
“Tivemos algumas dificuldades quanto à comunicação e ao acompanhamento dos pacientes. Alguns moravam na zona rural e, para terem acesso à internet, tinham que ir até um centro urbano. Apesar disso, a modalidade de telerreabilitação não comprometeu o vínculo e a adesão ao tratamento”, relatou Bruno Alvarenga Soares, principal autor do estudo e doutorando do Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação da UFMG.
As atividades do programa de telerreabilitação foram oferecidas a seis pacientes de dez a 19 anos — cinco deles com diagnóstico de asma e um em período pós-operatório de transplante cardíaco. Todos já participavam do programa de reabilitação presencial antes da pandemia.
De maio a novembro de 2020, os pacientes foram acompanhados por telefone ou videochamadas, uma ou duas vezes por semana. Ao todo, foram realizados 81 teleatendimentos.
Condicionamento e qualidade de vida
Como explicou Bruno Alvarenga, foram propostos os seguintes exercícios, com duração de 40 minutos: caminhada e corrida no quintal, subida e descida de degraus, polichinelos, movimentos de levantar e sentar na cadeira e marcha lateral. “Enquanto se exercitavam, os pacientes eram observados por um integrante do projeto”, detalhou o doutorando.
O objetivo das atividades é reduzir a dispneia, melhorar a força muscular respiratória e o condicionamento cardiorrespiratório. “Algumas doenças respiratórias provocam o acúmulo de secreção nos brônquios, e a fisioterapia adota técnicas que favorecem a eliminação dessas secreções (expectoração)”, explicou Bruno Alvarenga.
Pulseiras cardiofrequencímetras, que medem a frequência cardíaca, a duração do treino e o consumo calórico, foram emprestadas aos pacientes que não tinham condição de comprá-las. De acordo com o pesquisador, não houve intercorrências durante nem após os atendimentos.
Acesse o artigo completo na Revista Interfaces.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Minas Gerais.
Fonte: UFMG.
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