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Ao simular desafios da vida cotidiana, novo jogo de Realidade Virtual pode ajudar a diagnosticar e talvez tratar o TDAH
Um novo jogo de realidade virtual ajuda a detectar sintomas relacionados ao Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em crianças, o que tem sido desafiador com as ferramentas existentes. Com mais pesquisas, o jogo também pode ajudar a tratar o TDAH, bem como diagnosticar outras condições que interrompem a atenção ou a função executiva.
O TDAH afeta cerca de 6% das crianças em todo o mundo, mas os métodos existentes para medir seus sintomas têm deficiências significativas. Entrevistas e questionários fazem parte da avaliação, mas o método objetivo atual mais confiável para explorar problemas de atenção no TDAH é o teste de Tarefa de Desempenho Contínuo (CPT). Ele mede a atenção sustentada e seletiva exigindo que os participantes continuem assistindo a uma sequência de letras aparecendo na tela e pressionando uma tecla cada vez que a letra for diferente de ‘X’.
“O desafio dos questionários de sintomas é sua ambiguidade, enquanto o CPT não mede o desempenho em situações cotidianas”, disse o Dr. Juha Salmitaival, pesquisador da Universidade Aalto, na Finlândia. Juntamente com o Dr. Matti Laine, professor de Psicologia da Universidade Åbo Akademi e o pesquisador de doutorado Erik Seesjärvi, da Universidade de Helsinki e do Hospital Universitário de Helsinki, o professor Salmitaival desenvolveu um jogo de realidade virtual chamado EPELI (Executive Performance in Everyday Living), que simula situações cotidianas e pode ser usado para medir a atenção em condições normais. O jogo foi implementado pela Peili Vision Company em Helsinque.
Juntamente com colegas, a equipe avaliou quão bem o EPELI poderia detectar sintomas de TDAH. O estudo incluiu 112 crianças de 9 a 12 anos, 47 das quais com TDAH. Usando um óculos de realidade virtual e um controlador de mão, os participantes se movimentaram em um apartamento virtual para realizar conjuntos de tarefas diárias. “Os participantes precisavam planejar com antecedência, pensar em como navegar, lembrar das tarefas instruídas e evitar se distrair com eventos irrelevantes”, explicou o Dr. Salmitaival.
As crianças com TDAH cometeram visivelmente mais erros e ações irrelevantes na tarefa do que o grupo controle. Os resultados do jogo também se correlacionaram bem com os desafios diários identificados nos questionários avaliados pelos pais.
“A precisão do jogo para detectar déficits de atenção e funções executivas já é comparável à do CPT, embora ainda esteja em desenvolvimento inicial”, disse o Dr. Juha Salmitaival, acrescentando que uma vantagem do jogo é a capacidade de explorar uma gama mais ampla de atividades e desafios cotidianos.
Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Journal of Attention Disorders.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Aalto (em inglês).
Fonte: Universidade Aalto.
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