Destaque
Pesquisa da UFABC com derivados de grafeno promove inovação no biomonitoramento de doenças
Os primeiros resultados de um estudo interdisciplinar conduzido pela Dra. Ana Champi, professora da Universidade Federal do ABC (UFABC), foram destaque na revista científica Biosensor and Bioelectronics. A pesquisa tem como objetivo o desenvolvimento de uma plataforma baseada em biossensores de nanomateriais de grafeno, que aumentem a eficiência e sensibilidade de equipamentos para detecção de novos vírus e respectivas variantes, com resposta de até 52 segundos para detecção viral (positivo ou negativo) e 80 segundos para quantificação de carga viral.
A publicação reporta dados experimentais feito em três tipos de biossensores baseados em materiais de grafeno para detecção viral. Segundo a professora Ana Champi, os resultados mostraram que “a partir do grafite natural de Minas (Nacional de Grafite-MG) foi possível obter os derivados de grafeno utilizando técnicas químicas para a obtenção dos eletrodos de trabalho, assim como um estudo detalhado das suas caraterizações físico-químicas e a aplicação de técnicas eletroquímicas para o desenvolvimento dos mesmos”.
A pesquisadora ressaltou também que “a equipe conseguiu desenvolver biossensores portáteis utilizando eletrônica de circuitos e o software Matlab para a calibração na detecção positivo ou negativo das amostras biológicas. Desta forma, os biossensores portáteis podem ser aplicados em locais de difícil acesso para testes clínicos ou pesquisa de campo para detecção viral”. Os resultados, comparados com RT-PCR, demostraram a alta eficiência dos biossensores dependendo do tipo de derivado de grafeno utilizado como eletrodo de trabalho.
O trabalho foi conduzido pela equipe do Laboratório de Novos Materiais de Carbono: Grafeno da UFABC, coordenado pela Dra. Ana Champi e seus estudantes de Doutorado do PPG-Biotecnociência: Ronaldo Challhua, José Zúñiga e a estudante de mestrado Larissa Akashi (co-orientada). O estudo contou ainda com colaborações dos pesquisadores Dr. Ricardo Moratelli (Coordenador executivo do Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz Mata Atlântica) e Dra. Helena Batista, do Instituto Pasteur (SP), especialista no vírus RABV.
A pesquisa é financiada pela Empresa VRS e Grupo 2MI, bem como pela Chamada CNPq/MCTI/FNDCT 22/2022 – Linha 2- Projetos de desenvolvimento tecnológico na área do Grafeno.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia na página da Universidade Federal do ABC.
Fonte: Assessoria de Comunicação e Imprensa, UFABC.
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