Destaque
Pesquisas com materiais bioativos podem prevenir e combater a recorrência de cáries
Fonte
FAPERJ | Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
Data
segunda-feira. 10 abril 2023 07:00
Doenças bucais afetam cerca de 3,5 bilhões de pessoas no mundo e costumam estar associadas a outros problemas graves de saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cárie é a segunda doença mais prevalente no mundo e afeta cerca de dois terços da população.
O desenvolvimento da cárie está relacionado, principalmente, à má higiene bucal e ao alto consumo de sacarose. Bactérias presentes na cavidade oral metabolizam a sacarose, produzem ácidos que atacam o esmalte e dissolvem as estruturas dentárias, formando cavidades que devem ser tratadas e restauradas. Os materiais disponíveis no mercado são inertes, ou seja, apenas recompõem os tecidos perdidos e restauram esteticamente a anatomia do dente. “São materiais que não repõem os minerais perdidos no processo e não colaboram na prevenção de cáries futuras, que é o propósito do nosso estudo”, explicou o Dr. Eduardo Moreira da Silva, professor da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense (UFF).
O pesquisador vem conduzindo pesquisas no sentido de desenvolver materiais que não apenas restaurem os dentes, mas que sejam capazes de prevenir o desenvolvimento da cárie ou controlá-la quando já instalada. Isto vem sendo realizado com a introdução de substâncias bioativas e remineralizantes em resinas restauradoras experimentais, que vem sendo testadas em lesões artificiais de cárie produzidas com biofilme de S. mutans, uma das bactérias envolvidas no desenvolvimento da cárie.
Segundo o pesquisador, os resultados têm sido promissores e alguns deles já foram publicados em revistas científicas como Dental Materials, Journal of Dentistry e Journal of the Mechanical Behavior of Biomedical Materials. Após estas publicações, as pesquisas estão voltadas para o pedido de registro e patente de novos materiais que já estão sendo desenvolvidos, ressaltou o professor.
De acordo com o pesquisador, a próxima etapa do estudo será in situ, a partir da produção de uma espécie de aparelho ortodôntico móvel para aplicação clínica, por meio da simulação de dentes cariados e aplicação dos materiais restauradores ativos. “Em alguns anos esperamos que a aplicação poderá finalmente chegar até a população, revolucionando a forma de tratar a cárie”, concluiu o pesquisador.
Acesse a notícia completa na página da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro.
Fonte: Paula Guatimosim, FAPERJ.
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