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Pesquisa indica presença de biofilmes bacterianos em smartphones de profissionais da saúde
Smartphones são uma realidade na vida das pessoas e os profissionais de saúde não são exceção. Mas para os profissionais que trabalham em hospitais, por exemplo, a preocupação é ainda maior, pois aparelhos contaminados no ambiente hospitalar podem funcionar como reservatórios de microrganismos, aumentando o risco de infecção para os pacientes. Para entender esses riscos e pensar possíveis soluções, uma pesquisa da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (UFG) avaliou a presença de biofilme bacteriano em smartphones de profissionais de saúde. Biofilmes bacterianos são uma forma de agregação dos microrganismos que podem torná-los mais resistentes a agentes antimicrobianos. O resultado do estudo mostrou que todas as películas de celulares avaliadas apresentaram resultado positivo para a presença de biofilme bacteriano, incluindo aquelas previamente ‘descontaminadas’ com álcool 70%.
Segundo o Dr. Hélio Galdino Júnior, professor da Faculdade de Enfermagem da UFG e coordenador da pesquisa intitulada “Biofilme em Smartphones de Profissionais da Saúde: padrão de uso e de descontaminação do aparelho”, o resultado já era esperado. “A literatura já evidencia a contaminação em smartphones de profissionais de saúde, especialmente bactérias resistentes a antimicrobianos de largo espectro”, afirmou o professor. Ele explicou que o intuito da pesquisa foi saber se além da forma planctônica (livre) já identificada em outros estudos, as bactérias estariam presentes na forma de biofilme. A preocupação não é a toa: bactérias envoltas em biofilme são mais resistentes aos antissépticos e mais difíceis de serem removidas, o que é um desafio para o ambiente de saúde.
O grande problema é que os profissionais têm contato constante com os celulares e, devido à resistência dessas bactérias, isso pode promover aumento de infecções hospitalares. Por outro lado, não existe um ‘protocolo ouro’ de descontaminação dos celulares. Segundo o professor, o álcool não impede a formação do biofilme. A troca da película protetora com certa frequência, no entanto, pode auxiliar na diminuição da contaminação e futuros estudos podem determinar a melhor opção para descontaminação e rotina de uso para evitar a formação de biofilme nos aparelhos. Segundo ele, existem várias iniciativas: algumas pessoas usam filme transparente envolvendo celular, capa e alguns modelos de descontaminação com substâncias antimicrobianas, além de luz ultravioleta. “Os profissionais precisam também de políticas de uso do smartphone no local de trabalho”, explicou o professor.
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Fonte: Kharen Stecca, Jornal UFG.
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