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Pesquisadores da UEMA estudam neoplasias oculares em cães e gatos
Um estudo coordenado pelo Dr. Tiago Lima, pesquisador e professor do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), está trazendo à tona diagnósticos que revelam diversos tipos de neoplasias oculares em cães e gatos na Ilha de São Luís.
O projeto é vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal (PPGCA) da UEMA e desenvolvido no Hospital Veterinário da UEMA pela doutoranda Lygia Galeno, com a participação da mestranda Alcyjara Rego Costa e da aluna de graduação Valéria Gonçalves Soares.
De acordo com o professor Tiago, as pesquisas consistem na identificação e tratamento clínico cirúrgico de animais triados com neoplasias oculares dentre as suas mais diversas formas de apresentação. “Fazemos o diagnóstico e, aqueles animais que são encontrados com lesões cancerígenas, relacionadas às estruturas oculares, são acompanhados durante um período para tratamento, condução e avaliação da evolução do quadro”, disse o professor.
O pesquisador esclareceu que o diagnóstico é realizado através do exame histopatológico. Além disso, os exames de imagem como ultrassonografia, radiografia e tomografia são fundamentais para a avaliação da extensão dos tumores. “O que a gente tem observado nessa fase é uma ocorrência maior em felinos de pele despigmentada, aqueles animais brancos, albinos, principalmente das raças siamês, poodle e braquicefálicos, esses tem tido uma ocorrência maior, mas isso pode mudar ao longo da pesquisa”, declarou.
Quanto à cura desses animais, o professor Tiago explicou que grande parte dessas lesões podem ser benignas; segundo ele, não se sabe ainda um número exato, mas a eficácia do tratamento gira em torno de 70% dos casos daqueles pacientes que estão relacionados a estruturas oculares. No caso de diagnóstico mais precoce, as chances são maiores.
As neoplasias oculares podem ter origem primária ou secundária. Tumores primários podem surgir de qualquer estrutura orbitária ou dos anexos, já os tumores secundários invadem a órbita por extensões de tumores que estão localizados na cavidade oral, nasal, ou até mesmo nas glândulas salivares, ou ainda pela formação de metástases nas estruturas oculares e tumores multicêntricos que se apresentam em diferentes localizações anatômicas, incluindo o globo ocular.
O professor destacou que esses tumores se apresentam clinicamente como massas e nódulos com tamanhos, colorações e localizações variadas, conforme sua classificação histológica: hifema, uveíte, ceratites, glaucoma e enoftalmia.
Em cães, as neoplasias que acometem as pálpebras são as mais comuns, sendo o adenoma das glândulas de meibômio o mais frequente diagnosticado. Em contrapartida, são raras em felinos, com exceção do carcinoma de células escamosas. Nesses animais, as neoplasias palpebrais são comumente primárias, e costumam ser invasivas, prejudicando a anatomia das pálpebras.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Estadual do Maranhão.
Fonte: Alcindo Barros, Assessoria de Comunicação da UEMA.
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