Destaque

Produto inédito no Brasil, pastilha probiótica criada na USP ajuda a tratar doenças bucais

Fonte

Jornal da USP

Data

quinta-feira. 24 novembro 2022 18:50

A gengivite e a periodontite são inflamações bucais que, se não tratadas adequadamente, podem destruir os tecidos periodontais que protegem os dentes, como a gengiva e os ossos que os sustentam. Para auxiliar no tratamento convencional dessas doenças, um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu uma nova tecnologia: uma pastilha probiótica que promove uma mudança nos microrganismos presentes na região bucal e aumenta a resistência das mucosas orais.

O produto já está com pedido de patente em andamento pela Agência USP de Inovação (Auspin) e promete ser um adjuvante no tratamento convencional dessas inflamações (a raspagem dos dentes), proporcionando melhores resultados para a saúde bucal. A Dra. Flávia Furlaneto, professora da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da USP (FORP-USP)  e uma das pesquisadoras do grupo, adianta que a pastilha não substitui o tratamento padrão. “Criamos um produto para oferecer melhoras mais significativas ao tratamento.”

Também participaram do desenvolvimento do produto o Dr. Michel Reis Messora, professor da FORP-USP; o Dr. Sergio Luiz Salvador, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da USP (FCFRP-USP), e a farmacêutica Rita Paula Ignácio, graduada na mesma instituição.

Como funciona a pastilha probiótica

A pastilha foi desenvolvida a partir de probióticos, microrganismos vivos, geralmente bactérias, que quando consumidos em uma quantidade adequada trazem benefícios à saúde. A quantidade desses microrganismos vivos existentes na pastilha precisa ser “suficiente para levar um benefício à saúde do hospedeiro”, esclareceu a professora Flávia.

Ainda segundo a pesquisadora, foi utilizada uma cepa probiótica específica, a Bifidobacterium animalis subsp. lactis HN019, para o desenvolvimento da pastilha. Os estudos com os probióticos no grupo de pesquisa da FORP-USP tiveram início em 2010 sob coordenação do professor Michel, e a partir de 2015, após os resultados favoráveis nos testes em animais, o probiótico escolhido foi colocado dentro de uma pastilha e tiveram início os estudos clínicos controlados em pacientes com periodontite e gengivite generalizadas. “A pastilha é como um drops, uma pastilha mesmo, o paciente coloca na região sublingual e ela vai lentamente sendo dissolvida e deglutida”, disse a Dra. Flávia.

A pesquisadora informou que o produto apresenta uma ação local na cavidade bucal e também uma ação sistêmica ao chegar ao sistema gastrointestinal.

De acordo com o professor Michel Messora, o produto foi inicialmente testado no tratamento de pacientes com periodontite. Os resultados obtidos demonstraram que a pastilha foi capaz de reduzir a necessidade de cirurgias periodontais para completar o tratamento desses pacientes. “Essa forma de encarar o tratamento das doenças periodontais se alinha aos conceitos atuais referentes à etiopatogenia da doença. Para um bom controle da doença há necessidade de medidas locais e sistêmicas, algo que poderia ser chamado de higiene bucal e intestinal. E probióticos podem atuar dessa forma”, esclareceu o professor.

Acesse a notícia completa na página do Jornal da USP.

Fonte: Ana Beatriz Fogaça, Jornal da USP.

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