Destaque

Universidade Stanford recebe US$ 10 milhões para pesquisas sobre sono e autismo

Fonte

Escola de Medicina da Universidade Stanford

Data

quarta-feira. 28 setembro 2022 07:30

Um grupo de cientistas da Escola de Medicina da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, recebeu aproximadamente US$ 10 milhões (cerca de R$ 54 milhões) do Programa de Centros de Excelência do Autismo dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH). O financiamento apoiará pesquisas sobre a relação entre a desregulação do sono e os sintomas do autismo.

Esta é a primeira vez que a Universidade Stanford foi designada como Centro de Excelência em Autismo por este programa do NIH, que foi criado em 2007 e é renovado a cada cinco anos.

O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta 1 em cada 54 crianças nos EUA. Caracteriza-se por déficits na comunicação social, alterações sensoriais, comportamentos estereotipados e interesses restritos. O sono ruim é um aspecto comum do distúrbio, explicaram os pesquisadores.

“Até 80% das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) experimentam interrupções do sono, incluindo dificuldade em adormecer e dificuldade em dormir durante a noite”, disse o Dr. Joachim Hallmayer, pesquisador principal do estudo e professor de Psiquiatria e Ciências Comportamentais na Escola de Medicina de Stanford. “Esses distúrbios do sono são um dos sintomas mais incômodos relatados pelos pais de crianças com autismo. Por sua vez, o sono ruim está associado à gravidade exacerbada dos sintomas centrais do autismo, incluindo comportamentos repetitivos e dificuldades sociais e de comunicação”.

O valor do fomento financiará três equipes de pesquisa e seus projetos:

  • Equipe da Dra. Ruth O’Hara e do Dr. Makoto Kawai, professores de Psiquiatria e Ciências Comportamentais na Faculdade de Medicina de Stanford, que liderará estudo para caracterizar o sono e a atividade cerebral em crianças com autismo em comparação com crianças com desenvolvimento típico. Os pesquisadores avaliarão a fragmentação do sono; arquitetura do sono, que inclui a quantidade e o tempo de sono REM e não REM; e atividade cerebral diurna, medida por eletroencefalografia em estado de repouso acordado, nos dois grupos. Os cientistas examinarão se algum aspecto da desregulação do sono está associado a sintomas de autismo ou funcionamento cognitivo.
  • Equipe do Dr. Antonio Hardan, também professor de Psiquiatria e Ciências Comportamentais em Stanford, que liderará pesquisadores que estudam os efeitos de três medicamentos indutores do sono na arquitetura do sono, ritmo circadiano e qualidade do sono em crianças e adolescentes com autismo. Esta equipe também estudará se as mudanças no sono entre indivíduos autistas que tomam os medicamentos levam a mudanças nos sintomas do autismo.
  • Equipe do Dr. Philippe Mourrain, também professor de Psiquiatria e Ciências Comportamentais em Stanford, que usará modelos de peixe-zebra de autismo para examinar a atividade cerebral durante o sono e vincular esses dados ao movimento dos olhos, frequência cardíaca e movimento dos músculos voluntários. O peixe-zebra também será usado para coletar informações detalhadas sobre como os medicamentos indutores do sono afetam o cérebro no autismo.

“Nossas equipes testarão, pela primeira vez, até que ponto o sono desregulado, incluindo a fragmentação do sono, é fundamental para o desenvolvimento e os sintomas do TEA, e se a normalização do sono alivia esses sintomas”, concluiu a professora Ruth O’Hara.

Acesse a notícia completa na página da Escola de Medicina da Universidade Stanford (em inglês).

Fonte: Erin Digitale, Escola de Medicina da Universidade Stanford.

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