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Novo modelo pré-clínico pode acelerar pesquisas sobre câncer do timo

Fonte

Escola de Medicina da Universidade Cornell

Data

domingo. 4 setembro 2022 11:20

Um novo modelo pré-clínico para câncer do timo desenvolvido por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, revelou novos conhecimentos sobre como uma mutação comum encontrada em tumores epiteliais do timo desencadeia sua formação. O modelo pode ajudar a acelerar o desenvolvimento de terapias direcionadas para o câncer do timo, uma glândula que produz células imunes que ajudam a proteger o corpo de infecções.

Em um estudo publicado na revista científica Journal of Thoracic Oncology, o Dr. Giuseppe Giaccone, autor sênior do estudo e professor da Escola de Medicina de Cornell, e seus colegas descreveram um modelo de camundongo no qual as células epiteliais do timo dos animais abrigam uma variante genética chamada GTF2I L424H, a mutação mais comum em cânceres tímicos.

“Ter um modelo de camundongo de tumores epiteliais tímicos nos ajudará a aprender mais sobre como esses tumores se formam e nos permitirá testar novas terapias”, disse o Dr. Giaccone, que também é oncologista do NewYork-Presbyterian – Weill Cornell Medical Center.

O Dr. Yongfeng He, autor principal do estudo e instrutor de Biologia do Câncer em Medicina na Escola de Medicina de Cornell, explicou que os cânceres do timo são um tipo de câncer raro, complexo e pouco estudado. Certas condições autoimunes estão associadas a tumores epiteliais tímicos, mas a razão pela qual isso acontece não é clara. Atualmente, não há bons modelos pré-clínicos que recriem as características da doença em humanos, e apenas algumas linhagens de células está disponível para estudo, disse o pesquisador.

Essa falta de modelos experimentais dificultou a pesquisa de novas terapias para a doença. A cirurgia é geralmente o tratamento de primeira escolha, mas se isso falhar, os pacientes com câncer do timo podem ser submetidos a quimioterapia, imunoterapia ou outras terapias direcionadas e desenvolvidas para diferentes tipos de câncer. No entanto, essas terapias de segunda linha não são curativas, disse o Dr. Giaccone.

“Queríamos entender por que esses tumores acontecem e como podemos desenvolver terapias curativas”, disse o Dr. Yongfeng He.

A equipe modificou geneticamente camundongos para apresentarem a mutação GTF2I L424H em células epiteliais do timo e encontrou desenvolvimento anormal das células em animais jovens. À medida que os animais envelhecem, desenvolvem tumores no timo. Eles descobriram que a expressão de muitos genes envolvidos na produção de novas células tímicas são alteradas nos camundongos, incluindo genes anteriormente implicados em outros cânceres. Quando a equipe comparou os tumores de camundongos com amostras de câncer do timo humano, eles descobriram que os tumores do camundongo compartilham muitas características moleculares com os tumores do timo humano tipo B1 e B2.

“Acreditamos que a mutação GTF2I L424H inicia o processo de formação do tumor”, disse o Dr. Giaccone. “Adicionar mais mutações pode tornar os tumores mais agressivos”.

O próximo passo para a equipe será estudar precisamente como essa mutação causa alterações cancerígenas no timo e quais outras vias genéticas estão envolvidas, disse o Dr. He. Como o gene afetado pelas mutações GTF2I L424H controla a expressão de muitos outros genes, Dr. He disse que provavelmente não é um bom alvo para terapias anticâncer. Mas alguns dos outros genes que ele ativa ou desativa podem ser alvos em potencial.

“Podemos usar nosso modelo de camundongo para testar drogas que visam esses outros genes para encontrar melhores terapias específicas para tumores epiteliais do timo”, concluiu o Dr. Yongfeng He.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Escola de Medicina da Universidade Cornell (em inglês).

Fonte: Escola de Medicina da Universidade Cornell.

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