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Pesquisadores desenvolvem joystick para problemas respiratórios
Pensando em uma alternativa para melhorar a vida de pessoas com problemas respiratórios, pesquisadores do Campus Cornélio Procópio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) desenvolveram um equipamento com apelo lúdico, a um custo reduzido. A equipe começou a estudar alternativas em 2017 até elaborar novas soluções após entrevistas com fonoaudiólogos, fisioterapeutas respiratórios e pacientes.
A maioria dos produtos existentes no mercado tem o funcionamento padrão já programado e executa apenas a atribuição de sopros ou sucções. Para que o protótipo fosse mais atrativo e pudesse atender às necessidades específicas, proporcionando mais conforto ao usuário, o grupo buscou criar tecnologias que contemplassem as duas funções e a opção de configuração individual por profissionais da área.
O primeiro modelo foi o ‘sensor para fisioterapia respiratória pediátrica’, que utiliza um teclado para jogos personalizados ou gratuitos disponibilizados pela internet. O aparelho permite controlar o aperto de botões, por meio de inspirações e expirações em diferentes intensidades e períodos de tempo, com uma interface interativa, que pode ser customizada para cada paciente.
“O fisioterapeuta pode programar, por exemplo, o dispositivo para que, em um jogo, o pulo de um personagem esteja relacionado ao aperto da tecla ‘A’ do teclado, fazendo com que quando o paciente expirar uma alta massa de ar por um período de três segundos a tecla seja acionada”, explicou o professor Dr. André Sanches Fonseca Sobrinho.
Também participaram dos estudos a professora Dra. María Eugenia Dajer, o professor Dr. Paulo Rogério Scalassara (ambos da UTFPR) e o professor Dr. Francisco Granziera Junior, da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Os trabalhos se intensificaram ainda mais depois da pandemia da COVID-19, devido ao aumento de pacientes com problemas respiratórios. Então, começou a ser projetado o ‘Joystick de baixo custo para exercícios respiratórios’.
“O que observamos ao conversar com os pacientes de todas as faixas etárias é que eles se sentem pouco incentivados a realizarem os exercícios após um período com os equipamentos disponíveis no mercado devido ao baixo apelo lúdico. Além disso, os bocais dos equipamentos não são sempre confortáveis”, completou o professor André Sobrinho.
Em fevereiro deste ano, o projeto foi contemplado pelo edital Catalisa Inovação, Ciência e Tecnologia (ICT) do Sebrae, obtendo um financiamento de R$ 146 mil. “Os recursos vão garantir a continuidade das demais etapas de pesquisa e o desenvolvimento do produto, a criação do protótipo e a fabricação das primeiras unidades no âmbito do projeto”, destacou o professor.
Segundo os pesquisadores, agora estão sendo feitos testes com sensores mais baratos, para reduzir o valor do dispositivo; testes com celulares e tablets para expandir as plataformas de utilização; seleções de filtros biológicos, bocais descartáveis de diferentes tamanhos e outras partes mecânicas para uso com segurança por diferentes pacientes, além do pedido junto ao comitê de ética da UTFPR, para possibilitar a realização de testes com pacientes em clínicas, a partir de outubro.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Fonte: UTFPR.
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