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Estudo analisa novas maneiras de aliviar a dor de pessoas que sofrem de endometriose
Uma equipe da Escola de Psicologia da Universidade Deakin, na Austrália, está investigando se uma abordagem holística pode aliviar os sintomas debilitantes da endometriose e o potencial da ioga e da terapia cognitivo-comportamental (TCC) para reduzir a dor e melhorar o bem-estar.
A endometriose, uma doença em que o tecido que normalmente reveste o útero cresce fora do útero, afeta milhões de mulheres e os sintomas mais comuns incluem dor pélvica, fadiga, ansiedade, depressão e qualidade de vida prejudicada.
A Dra. Elesha Parigi, pesquisadora do Mind-Body Research in Health Laboratory (MiRth) da Universidade Deakin, disse que o estudo é uma colaboração entre pesquisadores e médicos da Barwon Health, Monash Health, Epworth HealthCare e da Universidade da Austrália Meridional, com apoio do Medical Research Future Fund. O estudo deve comparar os três tipos de terapia.
“Nosso programa de oito semanas está atualmente totalmente online, para que possamos alcançar pessoas com endometriose em todo o país”, disse a Dra. Elesha Parigi.
As participantes precisam ter diagnóstico de endometriose e ter dor há pelo menos seis meses. Elas também precisarão ter pelo menos 18 anos de idade, não estar grávidas, não ter grandes problemas físicos ou lesões e não ter concluído recentemente um curso de ioga ou TCC com terapeuta.
Historicamente, a endometriose tem sido uma doença pouco reconhecida e as opções de tratamento médico incluem medicação para dor, terapias hormonais e cirurgia, mas muitas pessoas continuam a sentir dor e impacto significativo em sua qualidade de vida.
A Dra. Marilla Druitt, ginecologista e pesquisadora do estudo, disse que é bem sabido que uma abordagem puramente biomédica para a dor persistente pode ser insuficiente. “Estudos menores investigando o impacto das intervenções mente-corpo na dor e na saúde mental mostraram-se promissores e o estudo atual visa replicar esses resultados em uma escala muito maior”, disse a Dra. Druitt.
“Este estudo tem o potencial de mudar o cenário dos cuidados de saúde, oferecendo mais opções para pessoas com endometriose. Há uma necessidade de maior conscientização, empatia e opções de assistência médica que não dependam apenas de cirurgia e medicação para dor”, disse a Dra. Marilla Druitt.
Jill Harris, terapeuta de ioga que está realizando as sessões de ioga para o teste, disse que quando aplicada terapeuticamente, a ioga oferece estratégias para aliviar o desconforto e trazer um estado de espírito mais positivo. “Yoga forma uma conexão com a respiração e o movimento. Isso pode mudar os padrões mentais e físicos de restrição e retenção que podemos ter formado inconscientemente. Quando o corpo experimenta conforto, a mente se sente mais à vontade. Padrões negativos podem ser substituídos por positivos através da prática regular”, concluiu Jill Harris.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Deakin (em inglês).
Fonte: Pauline Braniff, Universidade Deakin.
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