Destaque
Especialista da Rede Ebserh/MEC fala dos estigmas e formas de prevenção contra o HIV/Aids
Fonte
Ebserh/MEC | Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
Data
terça-feira. 21 dezembro 2021 14:20
Até hoje uma doença repleta de estigmas e preconceitos, o HIV/Aids ainda precisa de campanhas de conscientização direcionadas a todas as camadas da sociedade. HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana, organismo que causa a aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) e ataca o sistema imunológico, tornando o indivíduo mais suscetível a doenças.
O Dr. Roberto Lodeiro Müller, urologista do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh/MEC), alerta que uma série de fatores aumenta a responsabilidade dos profissionais da área de saúde, não somente para tratar doenças que foram negligenciadas nos últimos meses, mas também para educar a população sobre sexo seguro. “Há uma geração que não viveu aquele clima de pânico com a aids dos anos 80 e que teve o comportamento social reprimido desde o início da pandemia”, disse o especialista.
Segundo ele, o clima de Carnaval 2022 e a sensação de controle da pandemia por causa da vacinação e da redução de casos podem levar ao surgimento de novos casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). “Este é o momento de alertamos para a necessidade de prevenção”, explicou o médico.
Apesar de boa parte dos pacientes soropositivos conseguirem viver uma vida normal devido aos tratamentos disponíveis, é essencial que a propagação do vírus seja controlada. Para evitar a transmissão da aids e outras doenças, recomenda-se o uso de preservativo durante as relações sexuais, a utilização de seringas e agulhas descartáveis e o uso de luvas para manipular feridas e líquidos corporais, bem como testar previamente sangue e hemoderivados para transfusão.
Para o Dr. Roberto Müller, não se trata de imprimir um discurso moralista, mas de alertar sobre a necessidade de sexo seguro e de testagem ampla. “Toda pessoa sexualmente ativa deve fazer o rastreamento pelo menos uma vez por ano”, disse, lembrando que os postos de saúde oferecem o teste rápido.
Novo tratamento
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento para o tratamento de HIV, que combina as substâncias lamivudina e dolutegravir sódico em um único comprimido.
A aprovação representa um avanço para as pessoas portadoras do vírus, já que reúne em uma dose diária dois antirretrovirais que não estavam disponíveis em um só comprimido. A possibilidade de doses únicas facilita a adesão dos pacientes ao tratamento.
O medicamento poderá ser indicado como um regime completo para o tratamento da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) em adultos e adolescentes acima de 12 anos pesando pelo menos 40 kg, sem histórico de tratamento antirretroviral prévio ou em substituição ao regime antirretroviral atual em pessoas com supressão virológica.
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Fonte: HU-UFSC/Ebserh/MEC, Fiocruz e Ministério da Saúde.
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