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Na UFRN, pesquisadores implementam fórmula que auxilia no tratamento endodôntico
O hipoclorito de sódio (NaOCl), substância de uso padrão na fabricação de produtos de limpeza, como a água sanitária, foi motivo de estudo na UFRN para a implementação de uma fórmula que auxilia no tratamento endodôntico, como irrigante dos canais dentários. Os resultados foram publicados na revista científica Journal of Surfactants and Detergents.
A pesquisa foi realizada no Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (IQ-UFRN), com a coordenação dos professores Dr. Fabio Dametto e Dr. Alcides Wanderley, a participação da aluna de Odontologia, Cristiane Lorena, e o apoio do Laboratório de Tecnologia de Surfactantes (LTT). Juntos, eles desenvolveram um novo método, adicionando um surfactante compatível, o Lauril éter sulfato de sódio (SLES), ao hipoclorito, mantendo o mesmo potencial de ação bactericida. Seu uso possibilita adquirir um produto de valor de mercado mais baixo garantindo a biossegurança ao paciente.
A ideia do projeto é o desenvolvimento de uma formulação em gel para o hipoclorito que permita o maior controle dessa substância durante a irrigação dos condutos, sem perder as características que o tornam um agente de limpeza e descontaminação tão eficiente e, principalmente, a diminuição dos riscos ao paciente. “O hipoclorito já é usado, só que, devido a ele ser muito fluido, pode escoar para boca, acarretando incômodo e até lesões na gengiva. Pensando nisso, foi desenvolvida uma formulação gel para que os dentistas possam manusear com menos riscos”, comentou o professor Fábio.
“A solução de hipoclorito de sódio é o irrigante e bactericida mais utilizado durante o tratamento endodôntico. Entre todas as características desejáveis de um irrigante odontológico, é a única substância que contempla a capacidade de dissolver matéria orgânica. É por este motivo que, mesmo com todas as inovações, continua a ser utilizado e incorporado às novas técnicas e protocolos de tratamento de canal”, comentou a orientanda Cristiane.
Sobre os ensaios da pesquisa, os professores responsáveis relataram detalhes do estudo. Segundo eles, foram realizados testes de conferência para garantir se a formulação gel não perdeu as prioridades de matar as bactérias. “Os testes biológicos comprovaram a permanência do potencial bactericida”, reforçaram.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da UFRN.
Fonte: Liciane Viana, Agecom/UFRN.
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