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Pesquisa imunogenética mostra que parcela das gestantes do RN são susceptíveis à toxoplasmose
O Brasil está entre os países com maiores incidências de toxoplasmose, uma das zoonoses mais comuns em todo o mundo. Causada pelo Toxoplasma gondii, parasita intracelular obrigatório, que só consegue realizar seu metabolismo dentro de células de outro organismo, pode estar presente em ambientes aquáticos e terrestres úmidos e nas fezes de gatos e outros felinos. Quando infecta mulheres grávidas e é transmitida aos fetos, ocorre a chamada toxoplasmose congênita, doença que pode causar morte, aborto e induzir danos no cérebro e nos olhos dos bebês infectados.
No Rio Grande do Norte, o Laboratório de Biologia da Malária e Toxoplasmose da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Labmat/UFRN) constatou mais de 60% de prevalência para a toxoplasmose gestacional, com possível comprometimento fetal. Pesquisa realizada pela mestranda Joelma Maria de Araújo Andrade, do Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas (PPCB) do Centro de Biociências (CB) da UFRN, analisou aspectos relacionados à toxoplasmose congênita em pacientes da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), com o objetivo de fornecer contribuições aos estudos voltados à saúde da mulher.
Os resultados, tomados em conjunto, sugerem evidências imunogênicas de suscetibilidade à infecção por T. gondii causada pelo alelo G rs4819554 (IL17RA) em gestantes brasileiras. Esse é o primeiro trabalho científico em relação a toxoplasmose e estes SNPs. Os pesquisados afirmam que essas diferenças genéticas se mostraram importantes no estudo da saúde humana e a toxoplasmose gestacional/congênita.
Nesse contexto, o trabalho fornece perspectivas úteis para futuros estudos de parasitologia evolutiva, essenciais para analisar as interações parasita-hospedeiro, os mecanismos de evasão do sistema imunológico do hospedeiro, bem como polimorfismos genéticos no hospedeiro e no parasita. Demonstrou ainda que tais alterações fenotípicas podem influenciar o amplo espectro clínico e sintomatológico observado na toxoplasmose humana.
Acesse a notícia completa na página da UFRN.
Fonte: Enoleide Farias, Agecom UFRN.
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