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Pandemia deve aumentar casos de tuberculose entre as crianças, alertam pediatras

Fonte

SBP | Sociedade Brasileira de Pediatria

Data

sábado. 21 novembro 2020 10:15

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta pais e responsáveis sobre a necessidade de ficarem atentos aos sintomas da tuberculose em crianças. Estudo recente publicado pela Stop TB Partnership, instituição vinculada ao Escritório das Nações Unidades de Serviços para Projetos (UNOPS/ONU), mostra que as medidas de isolamento social podem levar a 6,3 milhões de novos casos e 1,3 milhão de mortes a mais pela doença até 2025, já que muitos pacientes não serão diagnosticados nem tratados por causa da pandemia.

Diante dessa previsão, a Dra. Maria de Fátima Bazhuni Sant’Anna, presidente do Departamento Científico de Pneumologia da SBP, reforça a recomendação pela busca por diagnóstico, acompanhamento e tratamento da doença para as crianças.

“É essencial que compreendamos que os casos de tuberculose não estacionaram por conta da COVID-19. Porém, nos primeiros meses da pandemia vimos uma grande queda na busca pelos postos de saúde e, consequentemente, nos diagnósticos. Isso é muito preocupante e temos que alertar os pediatras e a população em geral para que não deixem de lado essa preocupação”, destacou a especialista.

Vale destacar que mais de 70 mil novos casos de tuberculose são diagnosticados anualmente no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, sendo que desse total, cerca de 4.900 (7%) casos acometem as crianças. O tratamento para a doença é oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS), durando, em média, seis meses.

“A tuberculose é uma questão séria de saúde pública no Brasil e as crianças, especialmente até os 10 anos, são vítimas dos adultos, que as contaminam. Por isso, a vacinação (BCG) deve ser feita logo que a criança nasce, já que apesar de não proteger em relação à doença em sua forma pulmonar, protege contra as suas formas mais graves” alertou a Dra. Maria de Fátima, que também explicou que em caso de sintomas como tosse seca e febre esporádica, porém persistente, o recomendado é buscar logo um pediatra.

Segundo ela, o diferencial da tuberculose é que o quadro clínico dura mais tempo, cerca de 15 a 20 dias, enquanto outras doenças respiratórias têm uma evolução mais rápida. “Infelizmente, a grande aliada dessa doença crônica é a pobreza, que proporciona casas onde muitas pessoas vivem em um mesmo espaço e há falta de ventilação”, enfatizou a Dra. Maria de Fátima.

Acesse a notícia n a página da SBP.

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria.

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