Notícia
Startup desenvolve equipamento de eletrofiação e empreende na área de nanotecnologia aplicada à saúde
Técnica permite obter nanofios a partir de uma solução polimérica sujeita a um campo elétrico
Divulgação, FAPESC
Fonte
FAPESC | Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina
Data
sexta-feira, 3 junho 2022 13:15
Áreas
Ciência dos Materiais. Empreendedorismo. Engenharia Biomédica. Nanotecnologia.
Com apoio de órgão de fomento do ecossistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI), a DBM Eletrotech, de Joinville, está inovando na área de nanotecnologia. Os equipamentos de eletrofiação desenvolvidos pela empresa produzem membranas com fibras em escala nanométrica e micrométrica que podem ser aplicadas na área da saúde, em sensores, em filtros, na indústria têxtil têxtil e em produtos veterinários, entre outros.
A história da DBM Eletrotech teve início com um grupo de professores que resolveram inovar. “Tudo começou por meio do Sinapse da Inovação em 2018”, contou a Dra. Márcia Duarte, CEO da DBM Eletrotech, doutora em Engenharia Mecânica. “Recebi um e-mail da FAPESC informando que abriria um edital para receber ideias. Como estávamos em desenvolvimento de um equipamento na área de eletrofiação, resolvemos apostar. Fomos aprovados, abrimos um CNPJ e estamos no mercado.”
O Sinapse da Inovação, lançado em 2008, é uma iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC) e conta com metodologia da Fundação CERTI (Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras). O programa foi criado em Santa Catarina, replicado em outros estados brasileiros e deu origem ao Programa Centelha, atualmente realizado em todo Brasil.
A máquina a que se refere a Dra. Márcia Duarte começou a ser desenvolvida nas bancadas de laboratório da universidade e transpôs os muros acadêmicos para gerar valor econômico utilizando a técnica de eletrofiação. Essa técnica permite obter nanofios a partir de uma solução polimérica sujeita a um campo elétrico. Por serem materiais na escala nanométrica, possuem maior área superficial e maior economia de matéria-prima. “A DBM atua na fabricação de máquinas de eletrofiação em escala laboratorial a industrial e na Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) das membranas eletrofiadas. Atualmente, focamos nas pesquisas para área da saúde”, explicou a CEO.
Essas membranas já geraram dois produtos, com pedidos de patentes depositados. Um deles é um curativo bioabsorvível e tridimensional que imita a pele e não precisa ser removido pelo paciente. O outro é voltado para doença periodontal: uma membrana porosa que permite o fluxo sanguíneo, com fármaco que auxilia na regeneração óssea e serve como barreira para os tecidos moles.
A startup também participou dos esforços para combater a COVID-19. Foi uma das selecionadas em um edital da FAPESC com um projeto para desenvolver filtros usando nanotecnologia. Recebeu R$ 99 mil e desenvolveu um filtro que, além da proteção mecânica, possui nanopartículas que inativam o vírus da COVID-19 em 99,9%. Ela pode ser usada tanto para filtros de ar-condicionado, de equipamento hospitalares, como para equipamento de proteção individual.
Esses produtos estão em fase de ser comercializados já que a empresa está em negociação com investidores. De acordo com Daniel Kohls, sócio da DBM, o P&D das membranas eletrofiadas é o cerne da empresa, mas ela detém o know-how da cadeia produtiva, da fabricação da máquina até a obtenção das membranas eletrofiadas. “Oferecemos equipamentos e acessórios de eletrofiação com um custo menor e customizado e uma assistência técnica que fala a mesma língua. Essa é uma das nossas bases”, afirmou. Os equipamentos são vendidos, sobretudo, para universidades.
Acesse a notícia completa na página da FAPESC.
Fonte: Maurício Frighetto, Assessoria de Imprensa da FAPESC. Imagem: Divulgação, FAPESC.
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