Notícia
Ressonância magnética em crianças: incentivar perguntas pode evitar anestesia
Estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto utilizou uma ‘mini-ressonância’ de brincadeira que deixou as crianças mais calmas e com menos receio do exame
Divulgação, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Fonte
Universidade do Porto
Data
sábado, 4 junho 2022 14:05
Áreas
Imagens e Diagnóstico. Medicina. Neurociências. Pediatria.
Incentivar perguntas, dar explicações personalizadas e envolver a criança na tomada de decisões. Um estudo desenvolvido na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), em Portugal, comprovou a eficácia destas estratégias de comunicação na realização de ressonâncias magnéticas, contribuindo para diminuir o número de anestesias necessárias e os níveis de ansiedade e stress das crianças.
O ruído do equipamento e a sua forma estreita, a necessidade de ficar completamente imóvel e a separação dos pais durante aquele período de tempo são fatores que levam muitas crianças a passarem pelo exame com ansiedade elevada.
“Existe um número considerável de crianças que só conseguem realizar o exame de ressonância magnética recorrendo à sedação, o que comporta alguns riscos para a saúde dos mais pequenos”, constatou Maria da Conceição Castro, uma das autoras do estudo.
De acordo com a pesquisadora, “a marcação das anestesias pode resultar em atrasos no diagnóstico, no início do tratamento ou até mesmo no agravamento da doença”, além de tornar a realização do exame “num processo muito mais lento e dispendioso para a instituição de saúde”.
Para esta experiência desenvolvida na FMUP, em colaboração com o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), foi construída uma ‘mini-ressonância’ de brincadeira que simulou a aparência e o som de uma ressonância magnética real.
Mais calmas e com vontade de repetir
Os resultados mostraram que a necessidade de sedação reduziu, relativamente ao grupo de controle que recebeu o procedimento habitual do exame, de 70% para 7% no caso das crianças que simularam previamente a ressonância através do brinquedo e que, ao mesmo tempo, receberam uma comunicação personalizada por parte dos profissionais de saúde.
No final do procedimento médico, as crianças do segundo grupo revelaram também sentir-se mais calmas, com menos medo e até com vontade de repetir a experiência no futuro.
“Quando uma criança se desloca ao hospital, o ambiente e as pessoas desconhecidas podem causar ansiedade e stress”, explicou a Dra. Irene Carvalho, professora da FMUP.
O estudo em questão envolveu 90 crianças, com idades compreendidas entre 4 e 10 anos, que tinham um pedido médico para realizar uma ressonância magnética no CHUSJ.
Intitulado “A influência da comunicação na adesão das crianças à ressonância magnética sem anestesia”, o trabalho da autoria de Maria da Conceição Castro teve como orientadoras a Dra. Irene Carvalho e a Dra. Isabel Ramos, ambas professoras da FMUP.
Acesse a notícia completa na página da Universidade do Porto.
Fonte: Daniel Dias, FMUP. Imagem: Divulgação, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
Em suas publicações, o Portal Tech4Health da Rede T4H tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal Tech4Health tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.
Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que cadastrados no Portal Tech4Health e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Portal Tech4Health, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.
Apenas usuários cadastrados no Portal tech4health t4h podem comentar, Cadastre-se! Por favor, faça Login para comentar