Notícia

Estudo otimiza diagnóstico de doenças como a osteoporose

Wikimedia Commons

Fonte

UFRN | Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Data

quinta-feira, 30 setembro 2021 06:10

Áreas

Bioeletrônica. Diagnóstico. Engenharia Biomédica. Ortopedia.

Pesquisa desenvolvida no Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) mostrou ser possível otimizar o diagnóstico auxiliar de doenças osteometabólicas usando inteligência artificial e ondas eletromagnéticas. O estudo tem como base a melhoria do Osseus, dispositivo e método desenvolvidos no LAIS cujo objetivo é auxiliar na classificação da densidade mineral óssea, por meio de um sinal de radiofrequência (RF), para diagnóstico posterior de osteoporose. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Scientific Reports.

O Osseus é uma combinação da aplicação de técnicas e conceitos de diversas áreas – como engenharia de software, elétrica, eletrônica, computacional e biomédica – gerando uma tecnologia não invasiva e de baixo custo. A tecnologia inicial tem sido aprimorada pelos pesquisadores, resultando em melhorias significativas no processo de diagnóstico.

Osseus

O Osseus é um projeto de pesquisa aplicada desenvolvido para o diagnóstico auxiliar de doenças osteometabólicas, e sua aplicação vai possibilitar a detecção de pacientes com osteoporose já na atenção básica em saúde, o que possibilita melhores resultados no tratamento e, consequentemente, melhor qualidade de vida. O diagnóstico é realizado por meio de um dispositivo biomédico baseado em aprendizado de máquina e ondas eletromagnéticas. O trabalho é resultado de uma parceria do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, e o LAIS, com apoio do NAVI/IFRN.

Trata-se de um equipamento portátil de fácil operação e de baixo custo. Isso permitirá um alto fator de escalabilidade, o que potencializa o seu uso em qualquer município do Brasil. Além de não invasivo, o exame realizado pelo Osseus pode ser aplicado diversas vezes em intervalos de tempo menores, pois não há nenhum efeito colateral para os pacientes, diferente de outros métodos tradicionais.

“Hoje, um aparelho para exames de densitometria óssea tem um custo elevado, o que inviabiliza esse tipo de exame já no primeiro atendimento ao paciente, ou seja, na atenção básica. A nossa pesquisa visa, neste contexto, a desenvolver uma tecnologia que possa ser utilizada na Unidade Básica de Saúde (UBS) pelas equipes de saúde da família no SUS do Brasil. Desse modo, esperamos que ela chegue a quem mais precisa”, destacou o Dr. Agnaldo Souza Cruz, participante da pesquisa.

A osteoporose é apenas uma das doenças osteometabólicas, junto à artrite, hiperparatireoidismo primário, raquitismo, entre outras, que afetam homens e mulheres. Para esses casos, o indicado é realizar uma densitometria óssea, exame que permite o diagnóstico precoce, determinando o início do tratamento e a prevenção de fraturas. Esse método é o mais utilizado para medir a densidade mineral dos ossos, sendo, porém, um exame de alto custo e de difícil acesso para a população, por se tratar de um serviço de saúde disponibilizado somente na alta complexidade ou na rede especializada. Dessa limitação que se destaca a importância do Osseus.

De acordo com os pesquisadores, a inserção de novas antenas trouxe melhorias reduzindo o tamanho do dispositivo, aumentando a intensidade do sinal recebido e diminuindo o nível de ruídos. “Isso se deve à pequena largura do feixe combinada com melhor diretividade. A relação sinal-ruído (SNR) aumentou em mais de oito decibéis isotrópicos (dB). Essas melhorias permitirão uma classificação mais precisa do equipamento, uma vez que o Osseus agora está mais estável e a leitura tornou-se independente da posição do dedo do paciente, que é algo desejável, para não interferir no diagnóstico, destacaram os cientistas.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da UFRN.

Fonte: Ascom Lais e Agecom/UFRN. Imagem: Wikimedia Commons.

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