Notícia
Vitiligo: sintomas e tratamento
Tecnologias como o laser e transplante de melanócitos são utilizadas
Wikimedia Commons
Fonte
Sociedade Brasileira de Dermatologia
Data
quinta-feira, 23 março 2017 19:50
Áreas
Dermatologia. Saúde Pública.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) disponibiliza em seu website informações sobre o vitiligo, que é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou ausência de melanócitos (as células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afetados. As causas da doença ainda não estão claramente estabelecidas, mas fenômenos autoimunes parecem estar associados ao vitiligo. Além disso, alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença. A doença é caracterizada por lesões cutâneas de hipopigmentação, ou seja, manchas brancas na pele com uma distribuição característica. O tamanho das manchas é variável.
A maioria dos pacientes com vitiligo não manifesta qualquer sintoma além do surgimento de manchas brancas na pele. Em alguns casos, os pacientes relatam sentir um aumento da sensibilidade e dor na área afetada. A maior preocupação está relacionada aos sintomas emocionais que os pacientes podem desenvolver em decorrência da doença. Por isso, em alguns casos, recomenda-se o acompanhamento psicológico, que pode ter efeitos positivos no decurso do tratamento.
Quanto à apresentação clínica, o vitiligo pode se classificado em dois tipos:
- Segmentar ou Unilateral: manifesta-se apenas em uma parte do corpo, normalmente quando o paciente ainda é jovem. Pelos e cabelos também podem perder a coloração.
- Não segmentar ou Bilateral: é o tipo mais comum e manifesta-se nos dois lados do corpo, por exemplo, nas mãos, pés ou joelhos. Em geral, as manchas surgem inicialmente em extremidades como mãos, pés, nariz ou boca. Há ciclos de perda de cor e épocas em que a doença se desenvolve e depois há períodos de estagnação. Estes ciclos ocorrem durante toda a vida; a duração dos ciclos e as áreas despigmentadas tendem a se tornar maiores com o tempo.
Diagnóstico
O diagnóstico do vitiligo é essencialmente clínico, pois as manchas hipopigmentadas têm geralmente localização e distribuição características. A biópsia cutânea revela a ausência completa de melanócitos nas zonas afetadas, exceto nos bordos da lesão, e o exame com lâmpada de Wood é fundamental nos pacientes de pele branca, para a detecção das áreas de vitiligo. As análises sanguíneas deverão incluir um estudo imunológico que poderá revelar a presença de outras doenças autoimunes como o lupus eritematoso sistémico e da doença de Addison. O histórico familiar também é considerado e se existem pessoas na família com vitiligo, vale redobrar a atenção.
Tratamento
O vitiligo possui diversas opções terapêuticas, que variam conforme a manifestação clínica de cada paciente. Dentre as opções terapêuticas está o uso de medicamentos que induzem a repigmentação das regiões afetadas. Tecnologias como o laser, bem como técnicas cirúrgicas ou de transplante de melanócitos podem ser utilizadas. O tratamento do vitiligo é individualizado, e os resultados podem variar consideravelmente entre um paciente e outro. A doença pode ser controlada com a terapêutica adequada e com a repigmentação completa da pele, sem que ocorra nenhuma diferenciação de cor. O vitiligo não é contagioso e não traz prejuízos à saúde física. No entanto, as lesões provocadas pela doença não raro impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente. Nesses casos, o acompanhamento psicológico pode ser recomendado. Dentre as medidas preventivas destacam-se: evitar o uso de vestuário apertado, ou que provoque atrito ou pressão sobre a pele, diminuir a exposição solar e controlar o estresse.
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia. Imagem: Wikimedia Commons.
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