Notícia

Veste terapêutica desenvolvida na UFMG começa a ser comercializada

Isabella Lucas, UFMG.

Fonte

UFMG

Data

quarta-feira, 17 fevereiro 2016 19:55

Áreas

Biomecânica. Reabilitação. Biotecnologia.

Especialistas em reabilitação de crianças com paralisia cerebral e outras desordens motoras de origem neurológica são os primeiros compradores da veste terapêutica desenvolvida no Laboratório de Análise de Movimento da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Além de auxiliar pessoas com limitações de movimentos, o macacão serve também para treinamento de atletas de alto desempenho. “A inovação está na arquitetura de tiras de elástico que cruzam a roupa e funcionam como um exoesqueleto capaz de diminuir o gasto de energia e melhorar a performance“, explica o Prof. Dr. Sérgio Fonseca, coordenador da equipe que vem desenvolvendo os protótipos desde 2008. Composta por fitas entrelaçadas que envolvem todo o corpo e são ajustadas conforme a necessidade de cada pessoa, a roupa proporciona uma nova e correta posição de conforto ao indivíduo.

Graças a essa característica, a veste evita desgastes desnecessários, oferece estabilidade, segurança e autonomia a indivíduos com restrição de movimento e reduz o risco de lesões em atletas. Os demais inventores da tecnologia são a Profa. Dra. Juliana Ocarino, a Profa. Dra. Paula Silva e o Prof. Dr. Thales Rezende de Souza, além do então estudante de mestrado Haroldo Leite.

Inspirada em roupas de astronautas russos, a tecnologia já foi patenteada no Brasil, nos Estados Unidos, no Japão e em países da Europa.

Hoje, 17 de fevereiro, na sede da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica, a versão comercial da vestimenta será apresentada pela empresa Treini Biotecnologia, que licenciou o produto.

“Neste momento, a venda está sendo realizada somente para a comunidade terapêutica. Em breve, a empresa definirá outros mecanismos de venda, como loja física ou online”, informa Sérgio Fonseca. A expectativa é que o produto comece a alcançar um público mais amplo a partir de abril.

Fonte: UFMG. Imagem: Isabella Lucas, UFMG.

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