Notícia

Verificando a pressão arterial em um piscar de olhos, com inteligência artificial e uma câmera

Divulgação, Universidade da Austrália Meridional

Fonte

Universidade da Austrália Meridional

Data

segunda-feira, 12 dezembro 2022 06:35

Áreas

Bioengenharia. Bioinformática. Cardiologia. Computação. Engenharia Biomédica. Inteligência Artificial. Medicina. Saúde Pública.

Usando a mesma tecnologia de saúde remota pioneira para monitorar sinais vitais de saúde a distância, engenheiros da Universidade da Austrália Meridional, na Austrália, e da Middle Technical University, do Iraque, projetaram um sistema sem contato para medir com precisão a pressão arterial (sistólica e diastólica).

A tecnologia poderia substituir o método desconfortável de amarrar um manguito inflável no braço ou no pulso de um paciente, afirmaram os pesquisadores.

Em artigo publicado na revista científica Inventions, os pesquisadores descrevem a técnica, que envolve filmar uma pessoa a uma curta distância por 10 segundos e extrair sinais cardíacos de duas regiões da testa, usando algoritmos de inteligência artificial. As leituras sistólica e diastólica foram cerca de 90% precisas, em comparação com o instrumento existente (um esfigmomanômetro digital) usado para medir a pressão arterial, que também está sujeito a erros.

Os experimentos foram realizados em 25 pessoas com diferentes tons de pele e sob condições de mudança de luz, superando as limitações relatadas em estudos anteriores.

“Monitorar a pressão arterial é essencial para detectar e controlar doenças cardiovasculares, a principal causa de mortalidade global, responsável por quase 18 milhões de mortes em 2019”, disse o Dr. Javaan Chahl, engenheiro de sensoriamento remoto e professor da Universidade da Austrália Meridional.

“Além disso, nos últimos 30 anos, o número de adultos com hipertensão aumentou de 650 milhões para 1,28 bilhão em todo o mundo. O setor de saúde precisa de um sistema que possa medir com precisão a pressão arterial e avaliar os riscos cardiovasculares quando o contato físico com os pacientes é inseguro ou difícil, como durante o recente surto de COVID-19. Se pudermos aperfeiçoar essa técnica, ela ajudará a lidar com um dos mais sérios desafios de saúde que o mundo enfrenta hoje”, disse o professor Javaan Chahl.

A tecnologia de ponta percorreu um longo caminho desde 2017, quando a equipe de pesquisa da Austrália e do Iraque demonstrou algoritmos de processamento de imagem que podiam extrair a frequência cardíaca de um humano a partir de vídeos de drones.

Nos últimos cinco anos, os pesquisadores desenvolveram algoritmos para medir outros sinais vitais, incluindo frequência respiratória a 50 metros de distância, saturação de oxigênio, temperatura e icterícia em recém-nascidos. A tecnologia sem contato também foi implantada nos Estados Unidos durante a pandemia para monitorar sinais de COVID-19 à distância.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade da Austrália Meridional (em inglês).

Fonte: Universidade da Austrália Meridional. Imagem: Divulgação, Universidade da Austrália Meridional.

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