Notícia

Uso do laser associado à placa oclusal na disfunção temporomandibular

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Fonte

Revista Dor

Data

segunda-feira, 15 maio 2017 07:50

Áreas

Odontologia. Biomecânica. Reabilitação.

A Disfunção Temporomandibular (DTM) pode ser compreendida como um quadro de alterações clínicas que envolve o sistema estomatognático, no qual a condição dolorosa é o principal motivador por busca de tratamento. É classificada como dor musculoesquelética, um subtipo de dor orofacial caracterizada principalmente por dor espontânea nos músculos orofaciais e/ou articulações temporomandibulares (ATM) e que piora durante a realização das funções estomatognáticas. A placa oclusal é a modalidade mais empregada para tratamento de DTM, com resultados positivos demonstrados em diversos centros especializados, tanto para aspectos relacionados à sensibilidade dolorosa, quanto para os relacionados à biomecânica e ao sistema neuromuscular. O laser de baixa intensidade (LBI) tem sido utilizado como terapia alternativa para alívio da dor em quadros de DTM muscular e articular por induzir um efeito analgésico, anti-inflamatório e biomodulador das funções fisiológicas celulares.

A pesquisadora Dra. Melissa de Oliveira Melchior e colaboradores da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto (FOUSP-RP) publicaram um artigo na edição de março de 2017 da Revista Dor com o objetivo de analisar o efeito da associação da laserterapia de baixa intensidade ao uso da placa oclusal como tratamento para DTM. Participaram do estudo 25 pacientes (20 mulheres e 5 homens) selecionados de acordo com o protocolo “Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders”. O grupo controle (GC) foi formado por 12 voluntários assintomáticos. Dois grupos foram formados por sorteio: “placa-laser” (GPL), que recebeu tratamento com placa oclusal e laserterapia de baixa intensidade associada e o grupo “placa” (GP), que recebeu tratamento apenas com placa oclusal. Os movimentos mandibulares, a dor à palpação e autopercepção dos sinais e sintomas foram investigados antes e após os tratamentos.

Os resultados do estudo mostraram que houve diminuição significativa da dor à palpação e da dor relatada de acordo com a autopercepção dos sinais e sintomas para ambos os grupos tratados, porém de forma mais acentuada para o GPL. Houve aumento da amplitude dos movimentos mandibulares com diferença significativa após os tratamentos para ambos os grupos. Os autores concluíram que a associação da laserterapia de baixa intensidade ao tratamento da DTM com placa oclusal promoveu diminuição mais acentuada do sintoma doloroso quando comparado ao tratamento apenas com placa oclusal.

Acesse o artigo científico completo.

Fonte: Revista Dor. Imagem: Shutterstock.

 

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