Notícia
Uso de rastreadores para identificar eventos adversos a medicamentos
Procedimento pode melhorar a segurança do paciente

Pixabay
Fonte
Revista Cogitare Enfermagem
Data
quinta-feira, 6 julho 2017 12:50
Áreas
Enfermagem. Farmacologia. Farmacovigilância. Segurança do Paciente.
Os medicamentos são um recurso terapêutico utilizado para minimizar o sofrimento de pessoas doentes, entretanto não são isentos de riscos. A mensuração dos danos ocasionados pelos medicamentos é objeto de interesse na tentativa de buscar estratégias custo-efetivas para a identificação e intervenção nessas ocorrências.
O procedimento recomendado após a detecção do incidente aponta para a necessidade de realizar a notificação voluntária para monitoramento intensivo dos eventos clínicos desencadeados no organismo. No entanto, o custo elevado para realizar esse tipo de monitorização de modo efetivo constitui um entrave para seu uso rotineiro.
A farmacêutica Cleni Veroneze e colaboradoras da Universidade Federal do Paraná (UFPR) publicaram um artigo na edição de junho da revista científica Cogitare Enfermagem sobre a experiência inicial com o uso da ferramenta “IHI Global Trigger Tool for Measuring Adverse Events” do “Institute for Healthcare Improvement” (IHI) que visa direcionar a revisão de prontuário para aumentar a sensibilidade na identificação de eventos adversos. Esta ferramenta é composta de vários módulos destinados a determinadas linhas do cuidado e contém todo o detalhamento para a sua aplicação, conceitos adotados, composição da equipe de trabalho e treinamento, critérios para seleção dos prontuários, sistemática de revisão destes e forma de sistematização dos resultados.
No módulo “Medicamento”, a estratégia consiste na identificação de resultados alterados de exames laboratoriais, administração de medicamentos específicos e descrição de sintomas de reações adversas, para sinalizar os casos com maior possibilidade de se tratarem de eventos adversos a medicamentos (EAM). O objetivo do estudo consistiu em descrever a experiência obtida na aplicação do módulo “Medicamento” desta ferramenta em um hospital público brasileiro no Estado do Paraná, no período de novembro de 2012 a janeiro de 2015. As pesquisadoras relataram que a aplicação do método foi de baixo custo e viável para aplicação regular na Instituição.
Foram avaliados 192 prontuários de pacientes adultos após a alta hospitalar, sendo a execução realizada em três etapas:
- foi verificada a presença de rastreador ou de algum EAM descrito claramente;
- busca de EAM nos prontuários com rastreador ou com suspeita de EAM;
- discussão dos casos com equipe multiprofissional para consenso sobre EAM. A aplicação do método resultou no diagnóstico de EAM na instituição.
As autoras concluíram que a utilização da ferramenta de rastreamento mostrou-se eficaz e possibilita a adoção de medidas para melhorar a segurança do paciente.
Acesse o artigo científico completo.
Acesse o site da ferramenta no Portal IHI (em inglês).
Fonte: Revista Cogitare Enfermagem. Pixabay.
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