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Usando Inteligência Artificial, novo método viabiliza exames de ressonância magnética de corpo inteiro em 5 minutos

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Fonte

Universidade Monash

Data

sexta-feira, 1 março 2024 17:55

Áreas

Biologia. Computação. Engenharia Biomédica. Física Médica. Imagens e Diagnóstico. Informática Médica. Inteligência Artificial. Medicina. Medicina Intensiva. Processamento de Imagens.

Uma ressonância magnética de corpo inteiro realizada em 5 minutos poderá em breve se tornar realidade com a ajuda de um novo método promissor de Inteligência Artificial (IA) desenvolvido por engenheiros da Universidade Monash, na Austrália.

Em um estudo publicado na revista científica Computers in Biology and Medicine, os pesquisadores mostraram como a nova tecnologia de IA, chamada McSTRA, superou os métodos de última geração, produzindo imagens clínicas melhoradas em tempo recorde.

As varreduras de ressonância magnética podem levar até 60 minutos, dependendo do tamanho da área que está sendo escaneada. O novo software é capaz de concluir exames 10 vezes mais rápido do que a atual tecnologia de ressonância magnética, proporcionando o potencial de reduzir o tempo de exame para apenas alguns minutos e aumentar o número de pacientes que acessam serviços de diagnóstico.

Se a validação adicional do método for bem-sucedida, os pesquisadores esperam vê-lo incorporado pelos fabricantes em equipamentos de ressonância magnética de próxima geração..

Mevan Ekanayake, pesquisador principal do estudo e doutorando do Departamento de Engenharia Elétrica e de Sistemas de Computação da Universidade Monash, disse que reduzir atrasos nos serviços de diagnóstico por imagem poderia salvar vidas, permitindo um tratamento mais oportuno, especialmente para pacientes em risco.

“Quando testado em em ressonâncias do joelho, nossa pesquisa mostrou que o McSTRA poderia concluir exames 10 vezes mais rápido e produzir imagens de diagnóstico mais claras e clinicamente precisas em comparação com a tecnologia mais recente”, disse Mevan Ekanayake. “Acelerar os tempos de exame nesse ritmo poderia eliminar os tempos de espera dos pacientes e tem o potencial de salvar vidas, permitindo diagnósticos e monitoramento de tratamento mais oportunos e precisos. Nosso método também poderia reduzir os riscos de diagnóstico em ressonância magnética e reduzir custos para o sistema de saúde”, continuou o doutorando.

Mevan Ekanayake disse que “os pacientes de alto risco que aguardam diagnóstico urgente seriam os mais beneficiados com tempos de exame mais rápidos, juntamente com aqueles que vivem em áreas regionais e remotas onde menos serviços de diagnóstico estão disponíveis”.

Os pacientes submetidos a exames devem permanecer imóveis no interior do aparelho de ressonância magnética por até 60 minutos, o que pode ser uma experiência desagradável para alguns.

O professor Dr. Zhaolin Chen, autor sênior do estudo e chefe de análise de imagens da Monash Biomedical Imaging, disse que tempos menores para a realização do exame podem reduzir o desconforto do paciente: “O McSTRA usa tecnologia superior de aprendizagem profunda para melhorar simultaneamente a qualidade da imagem de ressonância magnética e permitir tempos de varredura sem precedentes”.

“Um tempo de exame muito mais curto pode reduzir o nível de desconforto experimentado pelos pacientes submetidos à ressonância magnética, especialmente entre os vulneráveis, incluindo crianças, idosos, indivíduos com deficiência ou claustrofobia”, concluiu o professor.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Monash (em inglês).

Fonte: Universidade Monash. Imagem: Getty Images.

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