Notícia
UFMG integra projeto de assistência médica e vigilância genômica no Pantanal
Pesquisadores analisam amostras de água e esgoto obtidas em viagens de navio pelo Rio Paraguai
Divulgação, UFMG
Fonte
UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais
Data
sábado, 23 dezembro 2023 17:50
Áreas
Analises Clínicas. Assistência Social. Atenção Primária. Biologia. Biomedicina. Epidemiologia. Genética. Medicina. Saúde Pública.
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) participa de parceria interinstitucional que provê assistência médica e odontológica e vigilância genômica a populações ribeirinhas do Pantanal.
A professora Dra. Juliana Calábria e alunos do Programa de Pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Escola de Engenharia da UFMG são responsáveis pela vigilância ambiental de águas e águas residuárias. O trabalho pioneiro, liderado pela Fiocruz Minas, pela Secretaria de Saúde do Mato Grosso do Sul (SES-MS) e pela Marinha do Brasil, envolve diversas outras instituições nacionais e internacionais.
Na primeira de duas viagens previstas, realizada de 20 de novembro a 10 de dezembro, três navios da Marinha desceram o rio Paraguai, a partir de Ladário até Porto Murtinho, em percurso de mais de 470 quilômetros. Com base na abordagem de saúde única, os cientistas coletaram amostras de sangue, secreções nasais e fezes de pessoas, animais domésticos e silvestres, vetores e hospedeiros, e avaliaram o efeito das mudanças climáticas na circulação dos patógenos. A professora Juliana Calábria, que é bióloga e vinculada ao Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG, e a aluna Ana Paula de Carvalho reuniram amostras de água e esgoto.
O projeto Navio: Navegação Ampliada para Vigilância Intensiva e Otimizada estabelece monitoramento genômico móvel em áreas remotas, especialmente as ribeirinhas, no Pantanal do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso. A proposta é identificar e caracterizar patógenos nas comunidades, com foco em doenças infecciosas como dengue, chikungunya, zika, febre do Nilo Ocidental, mayaro, oropuche, malária, COVID-19, influenza, HIV e HTLV, sífilis, leptospirose, febre maculosa, leishmaniose, doenças fúngicas e parasitoses intestinais.
Em laboratórios montados em duas das embarcações, os pesquisadores iniciaram as análises – como as de sorologia, parasitologia, biologia molecular e sequenciamento genético – para detecção de doenças. Algumas informações já foram transmitidas às populações assistidas, o que possibilitou o encaminhamento de tratamentos, além da vacinação da comunidade ribeirinha.
“Processamos já no percurso parte das amostras e trouxemos material congelado para análise no Laboratório de Microbiologia de Água e Esgoto do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental ”, contou a professora Juliana Calábria, que coordena o laboratório. Ela destacou que a integração das informações geradas contribuirá para o aprimoramento de políticas de saúde pública e intervenções direcionadas para enfrentar as doenças infecciosas emergentes e reemergentes em áreas remotas e impactadas pelas mudanças climáticas.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Minas Gerais.
Fonte: UFMG. Imagem: professora Juliana Calábria e Ana Paula Carvalho coletam amostras da água no rio Paraguai. Fonte: Divulgação, UFMG.
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