Notícia
Traumatismo craniano é comum em acidentes de motos
Uso do capacete adequado pode prevenir contra óbitos e sequelas incapacitantes. Pesquisadores desenvolvem capacete inteligente

Pixabay
Fonte
Denatran e IEEE.
Data
sábado, 28 maio 2016 15:30
Áreas
Saúde Pública. Biomecânica. Bioeletrônica.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), no mundo todo, 1,3 milhão de pessoas morrem por ano em acidentes de trânsito. No Brasil, de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito, são 50 mil mortes anuais e 500 mil feridos nas ruas e estradas do país, o que representa 25 mortes por 100 mil habitantes. Especificamente em relação a acidentes envolvendo motocicletas, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de mortes (7,1 óbitos/100mil habitantes), atrás apenas do Paraguai.
O número de motos circulantes no país já ultrapassou 14 milhões, segundo dados do Sindipeças, e representa um aumento de 170% nos últimos 10 anos. No entanto, os acidentes envolvendo motos são responsáveis por 70% dos traumas cranianos (TCs), segundo dados recentes do Governo do Piauí. O TC é responsável por mortes precoces e sequelas psicomotoras. A maioria das vítimas de TCs são adultos jovens, do sexo masculino, com idade entre 15 e 30 anos e que dirigem sem os equipamentos de proteção adequados como o capacete. A maioria dos acidentados acaba ficando um longo período em recuperação e no final adquirem algum tipo de incapacidade que acaba onerando os cofres públicos e gastos com seguradoras devido às sequelas resultantes do evento traumático. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), na resolução 453 de 26 de setembro de 2013, obriga o uso de capacete nos condutores e passageiros de moto nas vias públicas, pois esta ação diminui consideravelmente o número de mortes e sequelas devido ao TC.
O uso do capacete adequado irá depender do formato da cabeça (oval longa, oval intermediária, oval arredondada), do tamanho da cabeça (circunferência completa passando pela ponta da orelha e sobrancelha), do modelo (turismo, três quartos, articulável, modular ou corrida), do tipo de material (plástico de fibra composta, fibra de carbono e kevlar são os mais comuns), do peso, do forro (que permite a pele respirar) e do tipo de viseira. É necessário que o capacete tenha o certificado de segurança conforme a norma NBR7471 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que confere dimensões, peso, qualidade e certificação do INMETRO.
Estudo realizado por pesquisadores do Departamento de Engenharia Elétrica do Imperial College of London, na Inglaterra e publicado na 37ª Conferência Internacional da Sociedade de Engenharia em Biologia e Medicina do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) em agosto de 2015, propôs a elaboração de um capacete inteligente para acessar dados importantes do condutor durante o tráfego. O novo capacete proposto incorpora duas funcionalidades: monitoramento dos batimentos cardíacos e da função cerebral através de sensores conectados a eletrodos posicionados em várias partes do corpo (coluna, braços, tórax, mandíbula, testa). Com esses dados é possível documentar as variações de frequência cardíaca, esforço respiratório, número de piscadas dos olhos do condutor durante o tráfego e assim traçar um perfil e um histórico dessas variáveis para monitoramento quanto a possíveis doenças cardíacas e possíveis situações de estresse envolvidos durante a circulação com a moto. Esse estudo é apenas um começo para a elaboração de um capacete inteligente personalizado, que poderia reduzir o número de acidentes fatais com motos.
Fonte: Denatran e IEEE. Imagem: Pixabay.
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