Notícia
Tratamento endovenoso de varizes com laser
Método com laser de diodo em 1940 nm mostrou-se efetivo em médio e longo prazo em segmentos venosos de até 10 mm de diâmetro
ww.angioynamics.com.
Fonte
Jornal Vascular Brasileiro
Data
quinta-feira, 25 maio 2017 21:35
Áreas
Angiologia. Cirurgia Vascular. Varizes. Bioeletrônica.
Desde a introdução do laser endovenoso para tratamento das varizes, há uma busca pelo comprimento de onda ideal, capaz de produzir o maior dano seletivo possível com maior segurança e menor incidência de efeitos adversos. A fototermoablação endovenosa (endovenous laser ablation, EVLA) emergiu como padrão no tratamento da insuficiência venosa em vários centros espalhados pelo mundo e como uma alternativa minimamente invasiva no tratamento de varizes tronculares. O objetivo final do tratamento de varizes por termoablação a laser é a eliminação do refluxo patológico de sangue por oclusão durável ou permanente do lúmen venoso. Diferentes comprimentos de ondas e diferentes tipos de fibras ópticas têm sido testados com essa finalidade. Vários centros têm demonstrado que diversos comprimentos de ondas utilizados para tratar varizes podem ser igualmente capazes de produzir resultados anatômicos desejados.
Do ponto de vista da física, quanto maior o coeficiente de absorção da luz por um tecido ou cromóforo, maior é a quantidade de calor gerado e maior o confinamento da zona de geração de calor. Esses princípios apontam uma vantagem do laser de 1940 nanômetros (nm), com atuação no segundo pico de maior absorção pela água, tornando o procedimento teoricamente mais efetivo e mais seguro.
Um estudo publicado na edição de março de 2017 do Jornal Vascular Brasileiro, pesquisadores da Clínica Viarendo, em Jundiaí, avaliaram 152 pacientes submetidos ao tratamento termoablativo de varizes tronculares com laser de diferentes comprimentos de ondas para analisar a melhora clínica e os eventos adversos num seguimento superior a 2 anos. Desse total, 50 membros em 50 pacientes foram tratados com laser de 1940 nm. Entre os 50 casos elegíveis para o propósito desse estudo, nove foram excluídos, sendo dois por apresentarem follow-up registrado inferior a 12 meses, quatro por apresentarem síndrome pós-trombótica prévia ao tratamento e três por seguimento inadequado e dados incompletos.
Os resultados mostraram que a média de idade dos pacientes foi de 53,3 anos; 37 eram mulheres (90,2%) e quatro (9,8%) eram homens. O calibre médio das veias tratadas foi de 7,8 mm. A taxa de sucesso imediato foi de 100%, com densidade de energia endovenosa linear (linear endovenous energy density, LEED) média de 45,3 J/cm. A taxa de sucesso tardio foi de 95,1%, com duas recanalizações por volta de 12 meses pós-ablação. Não houve nenhuma recanalização nas veias tratadas com LEED superior a 30 J/cm.
Os autores concluíram que o laser 1940 nm mostrou-se muito seguro e efetivo para veias com até 10 mm de diâmetro, independentemente da região tratada. O método pode ser realizado em regime ambulatorial com anestesia local, com uma incidência muito baixa de eventos adversos.
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Fonte: Jornal Vascular Brasileiro. Imagem www.angioynamics.com.
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