Notícia

Teste laboratorial aprimora o diagnóstico da infecção por Dengue

Pesquisadores franceses melhoram a acurácia do diagnóstico da dengue em fase mais precoce

Getty Images

Fonte

Revista PLOS Neglected Tropical Issues

Data

sábado, 9 maio 2015 06:50

Áreas

Imunologia. Biotecnologia. Biomedicina.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem no mundo em torno de 100 países tropicais altamente expostos à Dengue. Estima-se que ao redor de 390 milhões de infecções por Dengue ocorram anualmente, sendo que 90 milhões de pessoas tornam-se sintomáticas.

Atualmente, além da história e sintomas clínicos manifestados, alguns exames laboratoriais são utilizados para auxiliar o médico na detecção da Dengue. O diagnóstico precoce é primordial na fase aguda, para evitar complicações e até a morte. Dentre as principais modalidades destacam-se o hemograma completo, os testes para o antígeno NS1 ou a RT-PCR (reação da transcriptase reversa, seguida de reação em cadeia da polimerase). Dentre os testes sorológicos utilizados sobressaem os testes ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) ou imunocromatografia, que apresentam resultados positivos para as imunoglobulinas M e G (IgM e IgG) na presença do vírus da Dengue.

A pesquisadora Sophie De Decker e colaboradores do Institut Pasteur em Paris, publicaram na edição de março de 2015 da revista científica PLOS Neglected Tropical Issues, estudo sobre novo teste laboratorial que aprimora a acurácia diagnóstica da infecção por Dengue: “Evaluation of the Diagnostic Accuracy of a New Dengue IgA Capture Assay (Platelia Dengue IgA Capture, Bio-Rad) for Dengue Infection Detection” (Avaliação da precisão do diagnóstico de infecção por Dengue usando teste para IgA).

Foram avaliados 184 pacientes sintomáticos que foram submetidos ao Teste ELISA para detecção de Imunuglobulina A (IgA) sob condições padronizadas. Os resultados mostraram uma sensibilidade de 93% e especificidade de 88%. Normalmente, os testes para detectar marcadores IgM e IgG tornam-se positivos apenas após o quinto dia de sintoma da Dengue e apresentam sensibilidade de até 80%. Este teste, para a detecção da IgA, poderá ser útil em áreas endêmicas com muitos tipos de vírus da Dengue circulando no ambiente, pois permitirá detectar mais facilmente casos de infecções secundárias da Dengue, que apresentam pior prognóstico e poderá possibilitar distinguir doenças que apresentam sintomas semelhantes à Dengue para um diagnóstico diferencial.

Os autores relatam que a identificação do marcador sorológico IgA contribuiu para a verificação dos estágios iniciais da Dengue, reduzindo a janela diagnóstica na fase precoce, com acurácia superior (90%) em comparação a outros marcadores comumente utilizados (IgM e IgG). Esse novo teste possibilitará aos médicos aprimorarem a investigação diagnóstica da infecção por Dengue. 

Fonte: Revista PLOS Neglected Tropical Issues

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