Notícia
Terapia sonora para o tratamento do zumbido
Ajustes personalizados melhoram a qualidade de vida
Pixabay.
Fonte
Brazilian Journal of Otorhinolatyngology
Data
sexta-feira, 8 julho 2016 20:00
Áreas
Otorrinolaringologia. Biomecânica da Audição. Saúde Pública.
O zumbido subjetivo pode ser definido como uma percepção auditiva na ausência de um estímulo sonoro externo, descrito como um som semelhante a um apito ou um chiado. Estima-se que mais de 30 milhões de americanos apresentam zumbido e, no Brasil, acredita-se que esse número é próximo de 28 milhões, tornando-se um problema de saúde pública. A gravidade do sintoma pode levar a prejuízos na qualidade de vida dos indivíduos. A falta de controle do zumbido e a sua presença constante leva o indivíduo a um alto grau de estresse, e o efeito emocional é variável, podendo ir de uma ligeira irritação com a sua presença até quadros de ansiedade, depressão e insônia, levando inclusive ao suicídio. O zumbido é difícil de ser analisado, mensurado e tratado. Por isso a importância de avaliações como a acufenometria e a utilização de escalas de para auxiliar na graduação do problema. Dentre as possibilidades terapêuticas para o zumbido neurossensorial, podem ser citadas a terapia medicamentosa, a acupuntura, a estimulação magnética transcraniana, a terapia cognitiva (CBT) e a terapia sonora (terapia de mascaramento e terapia de habituação).
O processo de habituação do zumbido utilizando-se da terapia sonora consiste em estimular o ouvido com a presença de sons constantes, para, assim, reduzir a sua hipersensibilidade no silêncio. Podem ser utilizados geradores de som, associados ou não à amplificação auditiva, com som neutro: música ou ruído “branco” (intensidade muito baixa, com média nula e distribuição gaussiana), proporcionando uma redução da percepção do mesmo. A Fractal Tones Therapy utiliza a terapia de habituação para reduzir o zumbido colocando um gerador que produz sons fractais (música), de forma que mantenha a mesma melodia que não se repete.
A pesquisadora Flávia Alencar de Barros Suzuki, do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia da Cabeça e Pescoço da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaboradores publicaram um estudo, na edição de maio/junho da Revista Brasileira de Otorrinolaringologia em que foram avaliados 10 pacientes com zumbido crônico resistentes a medicamentos que foram submetidos a terapia sonora durante 18 meses. Os resultados mostraram que houve uma melhora na qualidade de vida com boa resposta À terapia sonora com ajustes personalizados em pacientes resistentes a tratamentos anteriores para o zumbido.
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Fonte: Brazilian Journal of Otorhinolaryngology.
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