Notícia
Terapia por ondas de choque
Técnica com uso de ondas mecânicas é não invasiva e de curta duração
Divulgação
A terapia por onda de choque (TOC) começou a ser utilizada na década de 70, na Alemanha e Áustria, para desintegração de cálculos renais, com um método conhecido como litotripsia. Na década de 80 passou a ser utilizada na ortopedia para consolidação de fraturas e no tratamento da pseudoartrose, demonstrando potencial osteogênico.
As Ondas de Choque disponibilizam energia mecânica – e não um choque elétrico – que penetra no tecido lesado e provoca um fenômeno chamado cavitação, onde microbolhas se rompem provocando microrrupturas no tecido inflamado, determinando a liberação de substâncias anti-inflamatórias locais e também estimulando um aumento na microcirculação local. Uma das substâncias liberadas é o óxido nítrico, que desencadeia uma reação enzimática que estimula o crescimento vascular na área atingida. A onda de choque (ou onda de impacto) é um pulso sônico e, portanto, transmite energia cinética. Sua força de transmissão depende das propriedades físicas do tecido aplicado (líquido ou sólido). Este aumento de nutrição no local leva a uma progressiva melhora natural do processo inflamatório-degenerativo.
As ondas de choque agem de diversas maneiras: ação mecânica: causando formação de microbolhas que eclodem fragmentando a fibrose local; ação analgésica por intenso estímulo local, liberando enzimas locais que atuam na fisiologia da dor; ação vascular: provocar uma congestão vascular e neoformação de vasos.
Existem vários modelos de máquinas que, por trabalharem com diferentes intensidades da onda aplicada no local de tratamento, podem tratar diversos tipos de lesões. A intensidade da energia pode ser controlada e faz com que as ondas de choque alcancem o local a ser tratado. Quando utiliza-se baixa energia é produzido um alívio da dor e um relaxamento muscular, quando se aplica média energia ocorre a reparação tecidual e com alta energia pode ocorrer a estimulação óssea. As ondas apenas atuam nos tecidos lesados e não causam efeitos em tecidos normais. Por isso, existem equipamentos específicos para utilização em cada área: urologia, ortopedia e medicina veterinária. Dentre os diferentes métodos de geração de ondas existem: sistema eletro hidráulico; sistema eletromagnético; sistema piezoelétrico e sistema eletropneumático.
As principais indicações da TOC são na urologia, para cálculos renais e uretrais, e na ortopedia, para fascite plantar (esporão do calcanhar), fraturas, retardos de consolidação, pseudoartroses, calcificações tendíneas, miosite ossificante, epicondilites, osteonecroses, tendinopatias, bursites e dor miofascial. As contra-indicações são: nos casos de gestantes, epilépticos, infecção, tumores e polineuropatia. Não deve ser realizada a TOC no crânio, coluna vertebral e costelas.
O tratamento
Segundo a Sociedade Brasileira de Tratamento por Ondas de Choque(SBTOC) o tratamento não é invasivo. Não há nenhum tipo de sangramento visível. Não há cicatriz e o tratamento é totalmente ambulatorial. Não há a necessidade de hospitalização e, na sala de tratamento, o paciente será acomodado de maneira a estar sentado ou deitado, dependendo da região a ser tratada. O equipamento será acoplado diretamente na área do corpo a ser tratada e em seguida se iniciará a emissão das ondas de choque. Um tratamento de TOC tem duração média de 30 minutos, desde acomodar o paciente até o seu término. O efeito colateral mais comum consiste num avermelhamento no local da aplicação que desaparece no máximo em uma semana.
Fonte: SBTOC. Imagem Divulgação.
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