Notícia
Terapia genética pode “acabar” com alergias severas
Manipulação genética desligou resposta alérgica de animais com asma
Reprodução
Fonte
Universidade de Queensland
Data
sábado, 3 junho 2017 15:30
Áreas
Imunologia. Alergia. Saúde Pública.
Um único tratamento que oferece proteção duradoura contra alergias graves, como a asma, pode se tornar possível pela pesquisa de imunologia de uma equipe de cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália. A equipe, liderada pelo Professor Dr. Ray Steptoe, conseguiu “desativar” a resposta imune que causa reação alérgica em animais.
“Quando alguém sofre de alergia ou asma, os sintomas que a pessoa experimenta resultam de células imunes que reagem a proteínas no alérgeno”, disse o professor Steptoe.
O desafio na asma e alergias é que essas células imunes, conhecidas como células T, desenvolvem uma forma de “memória” imune e tornam-se muito resistentes aos tratamentos. “Nós já conseguimos “limpar” a memória dessas células T em animais com terapia genética, desativando o sistema imunológico para que ele tolere a proteína “, explica o professor. “Nosso trabalho usou um alérgeno de asma experimental, mas esta pesquisa poderia ser aplicada para tratar aqueles que têm alergias graves a amendoim, picadas de abelha, peixes e outras substâncias”.
O Dr. Steptoe disse que as descobertas estarão sujeitas a uma nova investigação pré-clínica, como próximo passo para replicar resultados usando células humanas no laboratório.
“Nós levamos células-tronco do sangue, inserimos um gene que regula a proteína alergênica e colocamos isso no destinatário. Essas células manipuladas produzem células sanguíneas novas que expressam a proteína e visam células imunes específicas, “desligando” a resposta alérgica“, aponta o pesquisador.
O Dr. Ray Steptoe disse que o objetivo final seria uma única terapia genética injetada, substituindo tratamentos de curto prazo que visam sintomas de alergia com diferentes graus de eficácia.
“No momento, a população alvo podem ser aqueles indivíduos que sofrem de asma grave ou alergias alimentares potencialmente letais”. A pesquisa do Dr. Steptoe foi financiada pela Fundação Asma e pelo Conselho Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da Austrália.
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica JCI Insight. Acesse o artigo científico completo.
Fonte: Universidade de Queensland, Austrália. Imagem: Reprodução.
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