Notícia

Tecnologia pode medir a frequência respiratória a distância

Medição e registro de sinais vitais poderá ser feito por ondas de rádio

Divulgação

Fonte

Universidade de Aveiro

Data

sábado, 15 julho 2017 14:48

Áreas

Bioeletrônica. Engenharia Biomédica. Fisiologia.

Pesquisadores da Universidade de Aveiro, em Portugal estão desenvolvendo um novo dispositivo que permite registar a frequência respiratória humana a distância, por meio de ondas de rádio. A tecnologia, chamada de Bio-Radar, é eficaz, rápida e cómoda para pacientes e médicos, e já abre portas para a medição e registo de outros sinais vitais humanos por ondas de rádio.

Nascido de uma colaboração entre o Instituto de Engenharia Eletrônica e Telemática de Aveiro (IEETA) e o Instituto de Telecomunicações de Aveiro, o Bio-Radar, ainda está em fase de protótipo: é um sistema de radar para monitorizar à distância de algumas dezenas de centímetros os sinais biométricos de um paciente.

O sistema funciona através do envio de uma onda rádio que é refletida pelo tórax do paciente. Este eco recebido pelo radar permite monitorizar os sinais vitais. Se atualmente o Bio-Radar já consegue medir o ritmo respiratório, o objetivo dos investigadores é que dentro em breve também possa aferir o ritmo cardíaco.

Sendo possível determinar distâncias através da reflexão de sinais rádio, é possível ao Bio-Radar detectar pequenos movimentos do peito que são consequência da inspiração e expiração e, a partir daí, registar o ritmo respiratório. O mesmo acontece com o batimento cardíaco. “Os períodos de sístole e de diástole do coração criam pequenos movimentos no peito que podem ser medidos pelo sistema e, a partir daí, o sistema pode obter o ritmo do batimento cardíaco”, explicam os pesquisadores.

Análise da credibilidade de depoimentos

São inúmeras as possibilidades de utilização do Bio-Radar graças à característica não invasiva do sistema. Os pesquisadores apontam que “podem ser utilizados em ambientes hospitalares para avaliação sem contato direto com os pacientes” e, até, “dentro de carros para medir o nível de stress ou descontração de um condutor ou até detectar se o mesmo tem tendência de adormecer ao volante”. Juntamente com o NeuroLab da Universidade de Aveiro, os pesquisadores estão avaliando também a possibilidade de o sistema ser utilizado para análise psicofisiológica e avaliação da credibilidade de depoimentos.

A principal característica deste tipo de equipamento é de permitir a avaliação não invasiva, que permite uma medição de longa duração sem afetar o conforto do paciente. O fato de serem usadas ondas rádio para obter os sinais biométricos, reforçam os pesquisadores da UA, “possibilita também que o equipamento fique atrás de obstáculos opacos permitindo a implementação do mesmo no dia-a-dia”.

Fonte: Universidade de Aveiro (UA Online). Imagem: Divulgação.

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