Notícia
Tecnologia pioneira do Paraná possibilita teste simultâneo de dengue, zika e chikungunya
Com teste mais ágil, equipe de saúde pode desencadear bloqueio ao mosquito transmissor na região onde foi detectado o caso
Divulgação, SESA/PR
O Governo do Paraná apresentou no último dia 5 de fevereiro a nova tecnologia utilizada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen-Pr) para o diagnóstico simultâneo de dengue, zika e chikungunya. Pioneiro no país, o Teste para Diagnóstico Molecular de Arboviroses Metodologia Multiplex, em uso desde o dia 3 de fevereiro, amplia a capacidade de análise do Lacen de 60 para 1400 exames semanais.
O Parque Tecnológico de Biologia Molecular do Lacen-Pr recebeu mais de R$ 1 milhão em investimentos. Para o desenvolvimento da nova tecnologia apresentada, foram aplicados cerca de R$ 500 mil em equipamentos de pipetagem, extração e amplificação.
Segundo a coordenadora da equipe de Arbovirologia Molecular do Lacen, Dra. Irina Riediger, o teste se baseia no protocolo desenvolvido e validado pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC – Atlanta – EUA), que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
“A metodologia Multiplex para diagnóstico simultâneo, desenvolvida no Lacen-Pr já era usada para identificação dos vírus respiratórios em circulação no Paraná. Num momento em que o Estado enfrenta epidemia de dengue e com o surgimento de novos vírus em circulação adotamos o mesmo processo para as arboviroses (doenças virais transmitidas por insetos) e ganhamos em agilidade, redução de custos e processividade”, explica a Dra. Irina.
Processo
Anteriormente as análises se baseavam na pesquisa direta do vírus, sendo necessário cultivá-los no laboratório para permitir sua identificação, o que levava até 40 dias, sendo que somente os laboratórios de referência nacional faziam os testes moleculares para chikungunya e zika. A partir de agora o Lacen-Pr tem condições de analisar todas as amostras enviadas para as três doenças simultaneamente.
A superintendente de Vigilância em Saúde do Paraná, Dra. Cleide Oliveira, explica que o período de 40 dias era necessário para a identificação de qual o sorotipo de dengue em circulação na região onde houve a infecção, mas a confirmação de diagnóstico de dengue já era feito em no máximo uma semana.
“Para as equipes de epidemiologia é necessário saber qual o sorotipo de dengue e se há outros vírus em circulação. Com a resposta laboratorial mais rápida, a equipe de saúde pode aplicar o tratamento adequado ao paciente e desencadear bloqueio ao mosquito transmissor na região onde foi detectado o caso, eliminando criadouros para interromper a cadeia de transmissão”, diz a Dra. Cleide.
Fonte: SESA/PR. Imagem: Divulgação.
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