Notícia
Tecnologia permite melhorar diferenciação de cores no campo visual humano
Com quebra de redundância, técnica permite que diferentes conteúdos espectrais sejam captados em cada olho
Pixabay
Fonte
Universidade de Wisconsin-Madison
Data
sexta-feira, 7 abril 2017 11:25
Áreas
Bioinformática. Biomecânica. Física Médica. Engenharia Biomédica. Oftalmologia.
Para identificar uma cor o sistema visual humano combina a resposta de três tipos de células cônicas sensíveis a coloração (fotorreceptoras) localizadas na retina, sendo que esse processo descarta uma quantidade significante de informação sobre o espectro de visão. Usualmente, os três tipos de cones utilizam diferentes versões de uma proteína fotorreceptora (fotopigmento), resultando numa frequência de onda distinta para cada tipo de cone. Os fótons incidentes excitam o fotopigmento que possibilita a detecção, pelas células cônicas, do fluxo de fótons relacionados a determinada sensibilidade do espectro do fotopigmento. Essa resposta é retransmitida através das células ganglionares da retina para o nervo óptico e daí segue para o córtex cerebral, onde é processado através de um sistema de código de cores para então produzir a sensação da cor.
Pesquisadores do Departamento de Engenharia da Computação e colaboradores da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, apresentaram uma abordagem que permite o aperfeiçoamento da visão de várias cores através da quebra da redundância inerente à visão binocular, possibilitando que diferentes conteúdos espectrais sejam captados em cada olho. Foi utilizado um modelo psicofísico contendo um filme fino para otimização das cores através de um dispositivo multiespectral passivo vestível que usa dois filtros de transmissão distintos, um para cada olho, sendo portanto um par de lentes. O dispositivo divide a resposta do comprimento de onda captado pelas células cônicas do individuo com uma visão tricromática típica, simulando a presença de quatro tipos distintos de cones dos dois olhos e cria uma tetracromacia artificial. O dispositivo é capaz de diferenciar metâmeros sem causar danos a visão. O aumento do número efetivo de cones otimiza a habilidade de discriminar objetos baseados na emissão, reflexão e transmissão do espectro visual.
Essa técnica possibilita detectar pequenas alterações observadas em camuflagens, falsificação de obras de arte e diferenciação de cores que passariam despercebidas.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Fonte: Universidade de Wisconsin-Madison. Imagem: Pixabay,
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