Notícia

Tecnologia permite avaliar funcionamento da bexiga com desconforto mínimo ao paciente

Conector uretral diminui o risco de infecção na avaliação urodinâmica

Fonte

Inova Unicamp

Data

quarta-feira, 3 maio 2017 19:35

Áreas

Urologia. Engenharia Biomédica. Biomecânica. Inovação Tecnológica.

Dar mais conforto aos pacientes na avaliação urodinâmica, estudo do armazenamento, transporte e esvaziamento da bexiga, foi um dos propósitos das pesquisas realizadas pelos Pesquisadores da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e do Centro de Engenharia Biomédica (CEB) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Eles desenvolveram um dispositivo denominado conector uretral que, além de proporcionar maior comodidade aos pacientes, também diminui o risco de infecção e possibilita medir o aumento da pressão dentro da bexiga – pressão vesical – de maneira minimamente invasiva, ao contrário das opções disponíveis no mercado nacional, atualmente. Desenvolvido em PVC e Teflon, não apresenta necessidade de sondas, já passou por testes em pacientes do Hospital das Clínicas (HC) da Unicamp e foi licenciado, em 2016, para a empresa Dynamed.

O dispositivo demonstra potencial para auxiliar o diagnóstico médico e orientar o tratamento, com maior eficácia, sem o uso incômodo das convencionais sondas e, consequentemente, sem ocasionar dor aos pacientes durante as avaliações urodinâmicas. “É muito importante para avaliar o funcionamento da bexiga e se a próstata atrapalha a saída da urina”, avalia o Prof. Dr. Carlos Arturo Levi D´Ancona, da FCM, e um dos responsáveis pelos estudos.

O método convencional é invasivo, caro, requer equipe especializada e não é imune a efeitos adversos como sangramento e infecção. A pressão vesical (ou pressão do interior da bexiga) é um parâmetro importante para a decisão clínica quanto a necessidade de cirurgia da próstata. A ideia foi procurar uma solução que fosse não invasiva ou minimamente invasiva para medir a pressão vesical”, defende o Prof. Dr. José Wilson Magalhães Bassani, do CEB, e que também atuou no desenvolvimento da tecnologia.

O professor D´Ancona conta que é comum que os pacientes se queixem sobre o desconforto causado pelos exames tradicionais e isso foi um fator de motivação para reunir esforços e expertises dos profissionais do CEB e do FCM no desenvolvimento conjunto da nova tecnologia. “A ideia era simplificar o exame urodinâmico. Então, fui consultar o professor Bassani com esse problema. Após várias reuniões, surgiu a ideia do conector uretral. Depois, foi feito um protótipo que funcionou muito bem e começamos a fazer estudos para avaliar o potencial desse método”, lembra.

Manoel Pedro Soares, sócio da Dynamed, conta que a empresa auxiliou na construção do protótipo do dispositivo e que já estão sendo realizados testes pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para disponibilizar a tecnologia no mercado. “O Registro do produto junto à Anvisa já está em andamento e pretendemos lançá-lo em conjunto, num dos congressos nacionais da área de urologia que acontecerão ainda em 2017”, revela. Ele conta que o interesse pelo licenciamento da tecnologia se deu por conta da possibilidade de substituir os métodos utilizados nos exames sobre o funcionamento da bexiga. “Os benefícios serão os de venda de novos produtos e também da inserção da inovação, em equipamentos já instalados pelo Brasil e toda América Latina, como uma forma de upgrade”, corrobora.

Os docentes avaliam que a Agência de Inovação Inova Unicamp teve um papel primordial na elaboração do contrato de licenciamento de tecnologia. Já na opinião de Soares, o papel da Inova foi importante para o acompanhamento de cada uma das etapas até a transferência tecnológica. Também participaram do desenvolvimento do dispositivo, o então aluno de mestrado, João Carlos Martins de Almeida, a Dra. Rosângela Higa, as pesquisadoras Iris Raquel de Paula Domene Martins e Stella Hilker e as alunas de Iniciação Científica Marianne Yu e Natalie Lecce.

“Ter uma empresa como a Dynamed trabalhando conjuntamente com a equipe de pesquisadores da Unicamp certamente fortalece o desenvolvimento da patente, possibilitando inseri-la no mercado como um produto mais adequado do ponto de vista de custo, de alto valor tecnológico que poderá propiciar um conforto ao paciente. Fazer a interface entre a Unicamp e a empresa, na estratégia e modelo de transferência é um dos objetivos da Inova, exemplificado com sucesso neste caso”, comenta Iara Ferreira, diretora de parcerias da Inova Unicamp.

Fonte: Carolina Izzo Octaviano, Inova Unicamp.

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