Notícia

Tecnologia para medição da pressão intracraniana

Braincare terceiriza produção para focar no desenvolvimento do produto. Design permite utilização em vários ambientes

Divulgação

Fonte

Agência Fapesp

Data

quinta-feira, 14 julho 2016 19:00

Áreas

Bioeletrônica. Física Médica. Engenharia Biomédica. Neurologia.

A Braincare, startup responsável pelo desenvolvimento de equipamentos médicos e sensores para monitoramento clínico, com sede em São Carlos, adota o modelo de terceirização da produção em equipamentos médicos.

“A terceirização permite que empresas de inovação tecnológica na área de saúde não tenham a preocupação de montar uma linha de produção, permitindo, com isso, centrar o foco na inovação e desenvolvimento de novas soluções”, afirma o Dr. Gustavo Frigieri, sócio da Braincare.

As normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizam a terceirização da produção com o registro do produto em nome da empresa desenvolvedora da tecnologia, denominada fabricante legal. A identificação de parceiros capacitados para a empreitada, entretanto, não é tarefa fácil.

“É preciso montar uma linha de produção na empresa que irá produzir o equipamento [fabricante contratada], certificá-la junto ao Inmetro [Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia] e Anvisa, criar um sistema de garantia da qualidade entre as duas empresas para controlar a qualidade do serviço prestado, além de elaborar e assinar documentos que protejam a propriedade intelectual das inovações, entre outras medidas”, resume o Dr. Gustavo.

As pesquisas para o desenvolvimento de sensores minimamente e não invasivos para monitorar a pressão intracraniana, com depósito de patentes no Brasil, Estados Unidos e Europa, iniciaram em 2007 com o físico Sérgio Mascarenhas e Gustavo Frigieri na empresa Sapra S/A. Em janeiro de 2014 foi criada a Braincare. Desde então, foi adotado o modelo de terceirização para produzir as duas primeiras versões do sensor de pressão intracraniana e dos monitores médicos, entre eles um monitor portátil com tela sensível ao toque, o que facilita sua operação, bateria com até 7 horas de duração e gravação dos dados em cartão SD. design do equipamento permite o uso em transporte de pacientes e atendimentos de emergência além do uso em clínicas, ambulatórios, unidades de terapia intensiva e centros cirúrgicos.

Esses equipamentos são, atualmente, utilizados em pesquisas com humanos e animais desenvolvidas na Universidade Federal de São Carlos, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Universidade Estadual Paulista de Araraquara e nos Hospitais de Clínicas das Faculdades de Medicina da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto e São Paulo.

A tecnologia de medição da pressão intracraniana foi desenvolvida com o apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). “Estamos em fase de certificação no Inmetro, o que deve ocorrer até o final do ano, e até o primeiro semestre do ano que vem teremos também o registro na Anvisa”, prevê o Dr. Gustavo Frigieri.

Produzido com material plástico rígido, o sensor – pouco maior que uma caixa de fósforo – é posicionado sobre o cabelo de uma pessoa e preso com uma faixa elástica. Um pino em contato com a pele registra os movimentos microscópicos dos ossos da cabeça – provocados pela variação de pressão a cada batimento cardíaco. O deslocamento do pino movimenta uma alavanca à qual estão presos sensores que traduzem o movimento em sinal elétrico que são exibidos na forma de gráfico no monitor.

Mercados potenciais

Tecnologias de saúde, como as desenvolvidas pela Braincare têm, como um dos mercados potenciais a pesquisa acadêmica, com venda direta para pesquisadores em universidades. “Já estamos atuando no mercado acadêmico, prospectado por meio de pesquisa em instituições, contato com pesquisadores e participação em congressos. Com o registro do produto na Anvisa, pretendemos também prospectar o mercado médico”, diz o pesquisador. “Nossos produtos foram repensados para atingir um número maior de especialidades médicas, contando com outros parâmetros além da pressão intracraniana.”

A Braincare aprovou, em 2016, mais um projeto no âmbito do PIPE para o desenvolvimento de um novo produto que visa a aquisição, armazenamento, organização e processamento de dados médicos de UTIs. “Muitas informações são hoje perdidas, o que traz um grande prejuízo para a área de pesquisa científica médica e gestão hospitalar. O objetivo do projeto é fornecer uma ferramenta robusta para incentivar novas pesquisas científicas, facilitar o tratamento dos pacientes, inclusive proporcionando aos médicos parâmetros clínicos ainda não utilizados no Brasil, além da organização dos prontuários e de auxílio na gestão hospitalar com o objetivo de mostrar como os recursos financeiros e humanos estão sendo utilizados”, conclui.

Fonte: Agência Fapesp. Imagem: Divulgação.

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