Notícia

Tecnologia na terapia intensiva

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Fonte

Revista Brasileira de Enfermagem

Data

quarta-feira, 26 outubro 2016 11:55

Áreas

Enfermagem. Terapia Intensiva. Equipamentos Médicos.

A incorporação das tecnologias na saúde tem como objetivo melhorar as condições de atendimento ao paciente em termos de efetividade, utilidade, benefício e eficiência, além de facilitar a atuação de profissionais na área da saúde. Os profissionais de enfermagem são alguns dos que podem usufruir dos recursos tecnológicos, especialmente em cenários de alta complexidade, como as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). No entanto, a demanda de profissionais com conhecimentos apropriados que permitam o manejo dos equipamentos, a interpretação das informações por eles geradas e a reação adequada no caso da ocorrência de eventos adversos exige alto investimento em educação continuada e a falta de treinamento adequado pode ocasionar incidentes com prejuízo à saúde de pacientes.

Gabriella da Silva Rangel Ribeiro, Rafael Celestino da Silva e Márcia de Assunção Ferreira, enfermeiros da Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), publicaram um estudo científico na edição de setembro/outubro de 2016 da Revista Brasileira de Enfermagem sobre as causas de eventos adversos nos equipamentos de UTI, as principais recomendações à prática clínica para minimizar tais eventos e as implicações na assistência da enfermagem.

Dentre os principais eventos adversos relacionados aos equipamentos em UTI, destacam-se:

1) O uso inapropriado de equipamentos, como por exemplo a manipulação de bombas de infusão para medicação intravenosa. Neste caso, podem acontecer erros no ajuste da velocidade de infusão, o que pode ocasionar a administração de medicação em excesso e até mesmo overdose. Outros fatores como: vigilância e condições cutâneas do paciente, sobrecarga de trabalho, plantões noturnos, falha na supervisão e inexperiência profissional, foram também apontados no estudo.

2) Falha do equipamento, como ocorre no transporte de pacientes, pois as baterias de monitores portáteis, ventiladores e bombas de infusão podem comprometer o funcionamento do equipamento. As falhas podem ser categorizadas em: falha de ventilação (desconexão do sistema, cilindros vazios e bolsas com selamento inadequado); falha de infusão (término da bateria e do medicamento); falha de monitorização (mau funcionamento, término da bateria, interferência e mau funcionamento da linha arterial). A falta de manutenção, problemas de funcionamento e desenho do aparelho foram considerados como desencadeadores de falhas. Outro fator foi referente à conexão de cabos em diferentes aparelhos gerando transtornos e danos aos dispositivos, como nos eletrocardiogramas.

3) Falhas da equipe, observada em algumas situações como falha em desligar ou silenciar o alarme, disparo inadvertido de chamados de emergência e desorganização da equipe no gerenciamento de eventos críticos.

Os autores concluem que a educação permanente e aperfeiçoamento dos profissionais de enfermagem., a avaliação da produção e disponibilização dos equipamentos, a padronização das ações e o uso de instrumentos com checklists são medidas que podem minimizar a ocorrência de eventos adversos.

Acesse o artigo científico completo.

Fonte: Revista Brasileira de Enfermagem. Imagem: Shutterstock.

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