Notícia
Tecnologia é aposta para melhorar caminhada em pacientes com dificuldade de movimentação dos membros inferiores
Tecnologia também pode ser utilizada de forma integrada a equipamentos de estimulação elétrica neuromuscular para terapia direcionada à ativação da dorsiflexão do pé
Cícero Oliveira, Agecom/UFRN
Fonte
UFRN | Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Data
sexta-feira, 19 março 2021 10:20
Áreas
Biomecânica e Reabilitação. Engenharia Biomédica. Fisioterapia. Ortopedia.
Cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) acabam de pedir a patente de um dispositivo capaz de melhor potencialmente a qualidade de vida de pessoas acometidas por doenças como acidente vascular encefálico, esclerose múltipla, paralisia cerebral e traumatismo crânio encefálico. Trata-se de um novo sistema com conectores, os eletrodos, integrado em uma vestimenta aplicável para inserção em dispositivos de neuroprótese para a queda plantar.
“O sistema pretende melhorar a capacidade de caminhar do paciente ao diminuir o arrastar do pé de pessoas acometidas por doenças como traumatismo crânio encefálico. A nova tecnologia também pode ser utilizada de forma integrada a equipamentos de estimulação elétrica neuromuscular para terapia direcionada à ativação da dorsiflexão do pé. Nesses casos, não apenas em pacientes com doenças específicas”, explicou o Dr. Guilherme Augusto de Freitas Fregonezi, professor da UFRN.
O movimento da dorsiflexão acontece sobretudo no tornozelo, mas em alguns movimentos funcionais é necessário que o movimento articular ocorra no tornozelo e no mediopé. A queda plantar é justamente a dificuldade de realizar a dorsiflexão, em uma situação que leva a uma exigência adicional, geralmente no quadril e joelho, para se locomover. Essa condição pode ocasionar diversas situações, dentre as quais quedas frequentes.
A invenção teve seu pedido de propriedade intelectual registrado sob o nome “Vestimenta e sistema de eletrodos para dispositivo de promoção de dorsiflexão do pé por estimulação elétrica neuromuscular”, com a participação, além do professor Guilherme, dos pesquisadores Dra. Luciana de Andrade Mendes, Dr. Túlio Oliveira de Souza e Dr. George Carlos do Nascimento, todos professores da UFRN. A pesquisa é vinculada ao programa de doutorado em Biotecnologia da Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio), núcleo UFRN, e foi desenvolvida no Laboratório de Inovação em Reabilitação, situado no Departamento de Fisioterapia da UFRN.
Em fase de protótipo, desenvolvida e testada em ambiente de laboratório, a tecnologia possui o diferencial de promover uma eletroestimulação mais eficaz e passível de ser reprodutível em usos subsequentes. O Dr. Guilherme Fregonezi realçou que os testes realizados em laboratório apontaram que a nova configuração de eletrodos proposta, que considera aspectos anatômicos e neurofisiológicos na sua estruturação, produziu um padrão de estimulação mais eficiente, podendo impactar seu uso clínico ou mesmo ser integrada em neuropróteses para a queda plantar de forma a facilitar o cotidiano das pessoas.
Acesse a notícia completa na página da UFRN.
Fonte: Wilson Galvão, AGIR/UFRN. Imagem: Cícero Oliveira, Agecom/UFRN.
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