Notícia
Técnica de microscopia pode permitir acesso a mais informações de biópsias
Expandir as amostras de tecido antes da imagem dá acesso a informações detalhadas da doença
Jimmy Day, MIT Media Lab
Fonte
Instituto de Tecnologia de Massachusetts
Data
segunda-feira, 17 julho 2017 19:00
Áreas
Patologia. Análises Clínicas. Biomedicina. Microscopia.
Os pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Harvard Medical School desenvolveram uma técnica para visualizar as amostras de biópsia com uma resolução muito maior – um avanço que poderia ajudar a desenvolver testes diagnósticos mais precisos e de baixo custo.
Por mais de 100 anos, os microscópios convencionais têm sido ferramentas vitais para a patologia. No entanto, os detalhes das células em escala reduzida não podem ser vistos com esses equipamentos. A nova técnica baseia-se numa abordagem conhecida como microscopia de expansão, desenvolvida originalmente no Laboratório do Dr. Edward Boyden no MIT, na qual os pesquisadores expandem uma amostra de tecido para 100 vezes seu volume original antes de visualizar a amostra.
Esta expansão permite que os pesquisadores vejam características com um microscópio convencional que normalmente apenas poderiam ser vistas com um microscópio eletrônico caro e de alta resolução. A técnica também revela informações moleculares adicionais que o microscópio eletrônico não pode fornecer.
“É uma técnica que poderia ter uma aplicação muito ampla”, diz o Dr. Edward Boyden, professor associado de engenharia biológica e ciências cerebrais e cognitivas no MIT.
Em um artigo publicado na edição de 17 de julho da revista científica Nature Biotechnology, o Dr. Edward Boyden e seus colegas usaram essa técnica para distinguir lesões de mama em estágio inicial com alto ou baixo risco de progredir para câncer – uma tarefa desafiadora para quem observa as biópsias. Esta abordagem também pode ser aplicada a outras doenças: em uma análise do tecido renal, os pesquisadores descobriram que imagens de amostras expandidas revelavam sinais de doença renal que normalmente só podem ser vistos com um microscópio eletrônico.
“Usando o microscópio de expansão, somos capazes de diagnosticar doenças que antes eram impossíveis de diagnosticar com um microscópio convencional”, diz o Dr. Octavian Bucur, instrutor da Harvard Medical School, e um dos autores do artigo científico.
Acesse a reportagem completa de Anne Trafton para o MIT News Office.
Assista ao vídeo que apresenta a técnica (em inglês).
Fonte: Anne Trafton, MIT News Office. Imagem: Jimmy Day, MIT Media Lab.
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