Notícia

Suplementação de creatina aumenta disposição física no idoso

João Felipe Mota

Fonte

UFG

Data

sexta-feira, 29 julho 2016 20:05

Áreas

Alimentação e Nutrição. Geriatria. Educação Física. Biomecânica.

Com o passar dos anos, o corpo humano perde progressivamente massa muscular (sarcopenia), provocando um decréscimo da resistência física do idoso. Isso pode gerar menor estabilidade durante a marcha, facilitar a ocorrência de quedas e ter um impacto negativo sobre a qualidade de vida das pessoas. Concomitantemente, também existe uma diminuição do estoque ósseo com aumento do risco de fraturas. Esses fatores contribuem para reduzir a capacidade física do idoso e colaboram para limitar a independência na vida cotidiana.

Várias estratégias têm sido adotadas para melhorar as condições físicas durante o processo de envelhecimento, com destaque para a suplementação nutricional e a prática de exercícios físicos. A creatina é um aminoácido sintetizado no fígado, rins e pâncreas e que pode ser consumido na dieta em alimentos como peixes (salmão, atum, arenque, bacalhau, linguado), frango, carne vermelha, carne de porco, ovos e leite. Os principais efeitos metabólicos são: aumento da resistência, força e volume muscular; melhora da capacidade anaeróbica; otimização das funções cerebrais, da tolerância à glicose e da regeneração óssea.

A pesquisadora Camila Lemos Pinto e colegas do Laboratório em Nutrição Clínica da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Goiás (UFG) publicaram estudo na revista científica Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle, sobre o impacto da suplementação de creatina em combinação com exercícios para fortalecimento muscular nos idosos analisados. O projeto teve a duração de três meses e foi desenvolvido com 32 pessoas de ambos os sexos e com idade entre 60 e 80 anos. Foram analisados dois grupos (com 16 pessoas em cada grupo): um grupo realizou apenas os exercícios com pesos e outro que, além dos exercícios, fez uso da suplementação com baixa dose de creatina (5 g/dia), um composto derivado de aminoácidos. Como resultado, foi observada uma melhora significativa no volume de massa muscular e os idosos relataram melhorias na qualidade de vida, apresentando, entre outros aspectos, maior disposição para a prática das atividades diárias.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Fonte: Crislainny Barbosa, UFG. Imagem: João Felipe Mota.

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