Notícia
Software pode diagnosticar câncer de pele com precisão de 86%
Algoritmo desenvolvido na Unicamp classifica lesões de pele através da análise das imagens com Inteligência Artificial
Wikimedia Commons
Fonte
UNICAMP | Universidade Estadual de Campinas
Data
quinta-feira, 23 janeiro 2020 09:10
Áreas
Bioinformática. Computação. Inteligência Artificial. Medicina. Dermatologia. Oncologia.
Um grupo de pesquisadores da Universidade estadual de Campinas (UNICAMP) vem atuando no desenvolvimento de um software com potencial para dar agilidade aos diagnósticos do câncer de pele do tipo melanoma. Utilizando a inteligência artificial e o deep learning, técnica de aprendizado das máquinas através de redes neurais artificiais, a equipe já chegou a uma precisão de 86% no diagnóstico. Agora, dedica-se a melhorar o resultado e a desenvolver a aplicabilidade no cotidiano dos centros de saúde.
O anseio é que num futuro próximo, com o sistema instalado em um celular e com uma lente dermatoscópica acoplada, seja possível extrair um diagnóstico rapidamente, explica a Dra. Sandra Avila, professora do Instituto de Computação que integra o estudo. “A ideia é que a gente coloque isso dentro de um posto de saúde, por exemplo, onde não tem um dermatologista. Muitas vezes a pessoa só se dá conta da lesão quando começa a crescer, coçar e sangrar, quando provavelmente o câncer já avançou e a chance de cura é muito mais baixa, de 14%. Já nos estágios iniciais a chance de cura é de 97%”, afirma Sandra.
A pesquisadora, que desde 2014 dedica-se ao projeto, frisa que a ideia não é substituir o diagnóstico realizado pelo médico, mas dar apoio a este profissional. “A inteligência artificial funciona como um suporte, como auxílio, mas a decisão final sempre tem que ser do médico”, observa. Assim, aliar a tecnologia ao conhecimento do profissional de saúde pode trazer celeridade na detecção precoce do melanoma, que é o tipo de câncer de pele mais agressivo e letal, melhorando o prognóstico de vida do paciente.
O diagnóstico da máquina
A análise realizada pela máquina, elucida a Dra. Sandra, acontece através de um banco público de imagens. Com os algoritmos desenvolvidos pelos pesquisadores, o computador consegue identificar se a lesão é benigna ou maligna. Atualmente, o banco conta com 23.906 fotografias de diferentes tipos de lesões de pele. Quando mais imagens, diz a docente, maior é a possibilidade de o diagnóstico ser preciso, pois a máquina aprende através de exemplos. Por isso, uma das perspectivas de avanço da pesquisa é poder aumentar o banco de dados com imagens obtidas em hospitais brasileiros.
Google premia estudo
Pelo quarto ano consecutivo, o estudo sobre a detecção do melanoma, que teve início em 2014 através de uma parceria entre a Dra. Sandra e o professor Dr. Eduardo do Valle, da Faculdade de Engenharia Elétrica da UNICAMP, foi um dos contemplados pelo Google Latin America Research Awards (Lara). O prêmio foi concedido a 25 pesquisas na América Latina, sendo 15 brasileiras. Destas, 13 estão ligadas a instituições públicas de ensino, sendo três da Unicamp.
Acesse a notícia completa na página da UNICAMP.
Fonte: Liana Coll, Jornal da UNICAMP. Imagem: Wikimedia Commons.
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