Notícia
Sistema para monitoramento em tempo real de bactérias no corpo humano
Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins desenvolvem sistema com PET Scan e marcador químico
Combinando imagens de PET-Scan com um novo marcador químico específico para alguns tipos de bactérias, pesquisadores da Universidade Johns Hopkins estão desenvolvendo e testando ema animais uma nova estratégia para monitorar e detectar a atividade em tempo real de bactérias Gram-negativas resistentes a drogas. Estas bactérias são responsáveis por várias doenças, incluindo pneumonia fatal e várias infecções.
“O que estamos produzindo é essencialmente um sistema que localiza o epicentro da infecção e nos possibilita o seguimento em tempo real da atividade bacteriana, nos informando rapidamente como as bactérias respondem aos antibióticos”, disse o pesquisador Dr. Sanjay Jain, especialista em doenças infecciosas do Johns Hopkins Children’s Center e diretor de imagens e pesquisas em inflamação da Johns Hopkins.
Os resultados desta pesquisa foram publicados no dia 22 de outubro na revista científica “Science Translational Medicine”. A equipe de pesquisa afirma que simplicidade, velocidade e precisão do modelo de imagens pode mudar o modo como infecções com bactérias críticas podem ser diagnosticadas, monitoradas e tratadas.
Segundo os pesquisadores, a nova técnica é superior a exames de imagem em uso atualmente porque ela seleciona precisamente alvos de uma classe comum de bactérias Gram-negativas conhecidas como Enterobacteriaceae, que inclui germes como E. coli, Salmonella, Klebsiella e dezenas de outros agentes patogênicos que podem ser particularmente perigosos no ambiente hospitalar. Alguns dos germes desta classe também poderiam ser usados como armas biológicas.
Métodos de imagem atuais, tais como a tomografia computadorizada, ressonância magnética e PET, usam a inflamação como um substituto para diagnosticar e monitorar a infecção, dizem os pesquisadores. No entanto, a inflamação, que é a resposta do organismo à infecção, não é específica para as bactérias e não pode distinguir infecção de inflamação não-infecciosa, tal como a inflamação causada pelo câncer.
O novo modelo surgiu de uma combinação criativa da tecnologia PET – um sofisticado sistema de visualização 3-D – com um ingrediente comumente usado em alimentos sem açúcar: o sorbitol. O modelo usa a rápida absorção do sorbitol pelas bactérias Gram-negativas. Em contraste, outras classes de bactérias e outros microorganismos, o câncer e as células humanas não absorvem sorbitol. Os pesquisadores levantaram a hipótese e observaram nos testes iniciais que a troca do marcador já disponível para imagens de PET pelo sorbitol radiomarcado deve marcar e iluminar aglomerados de bactérias Gram-negativas dentro do corpo de forma seletiva.
Leia mais na matéria da Johns Hopkins (em inglês).
Fonte: Universidade Johns Hopkins
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