Notícia
Síndrome do intestino curto: sintomas e tratamento
Alongamento cirúrgico pode melhorar a função
Fonte
Federação Brasileira de Gastroenterologia e Revista “Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva”.
Data
sexta-feira, 16 junho 2017 19:55
Áreas
Gastroenterologia. Cirurgia.
A síndrome do intestino curto (SIC) resulta da redução do comprimento útil do intestino delgado em mais de 50%, gerando uma inadequação para manter a nutrição por via oral de modo satisfatório. As causas mais frequentes no adulto são doenças malignas, radiação e insuficiência vascular; na criança, enterocolite necrotizante e anormalidades intestinais. Apesar da capacidade de adaptação após ressecções extensas, este mecanismo adaptativo pode ser sobrepujado se houver mais de 70% de ressecção ou menos de 200 cm de intestino delgado. As consequências fisiopatológicas após a ressecção intestinal dependem do comprimento e do local da ressecção.
Sintomas
O principal sintoma da SIC é a diarréia. Outros sintomas incluem cólicas, distensão abdominal (barriga inchada) e pirose (azia). A maioria das pessoas com a SIC são desnutridas, pois a área de intestino restante é ineficaz em absorver quantidades adequadas de água, vitaminas e outros nutrientes da alimentação. Fraqueza, fadiga, depressão, perda de peso, infecções bacterianas e sensibilidade a determinados alimentos são sintomas que acompanham o quadro de desnutrição.
Tratamento
O tratamento da SIC irá depender da idade do paciente, do comprimento do intestino remanescente, do diâmetro e da função intestinal. O tratamento inicial consiste em uma dieta balanceada específica, alimentação parenteral em casos graves, suplementos de vitaminas e minerais e também medicações. O tratamento cirúrgico é indicado nos casos sem melhora dos sintomas ou agravamento das manifestações intestinais.
Dentre as opções para o tratamento cirúrgico existem a confecção de um segmento intestinal antiperistáltico, válvulas e interposição de segmento colônico e o transplante intestinal. Um dos métodos que pode ser utilizado é o alongamento de alça intestinal (algumas vezes pode ser duplicado o segmento remanescente), que visa aumentar a superfície absortiva e melhorar a função intestinal, corrigindo sua dilatação e peristalse inefetiva, melhorando o tempo de trânsito intestinal. As complicações mais comuns são a fístula anastomótica e a desvascularização. Cirurgiões do Hospital Regional de São José – Dr. Homero de Miranda Gomes (HRSJ), em São José, Santa Catarina publicaram um artigo na revista científica Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva sobre essa alternativa.
Acesse o artigo científico completo.
Fontes: Federação Brasileira de Gastroenterologia e Revista “Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva”.
Leia também:
Acalásia: disfunções no esôfago podem trazer vários incômodos
Bactérias do intestino podem ser gatilho para o diabetes tipo 1
Câncer colorretal: fatores de risco e diagnóstico
Câncer de colo do útero: diretrizes brasileiras sobre o rastreamento precoce
Cápsula endoscópica ajuda em diagnóstico preciso de doenças do intestino
Diagnóstico intestinal: nova tecnologia usa sinais bioelétricos
Distúrbios gastrointestinais e a dieta com baixo teor de Fodmaps
Doença de Crohn: saiba o que é e como controlar
Doença diverticular: riscos e complicações
Equipamento de última geração auxilia no diagnóstico de doenças do canal anal e reto
Substância isolada do gengibre demonstra potencial para tratamento de câncer
Em suas publicações, o Portal Tech4Health da Rede T4H tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Portal Tech4Health tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.
Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que cadastrados no Portal Tech4Health e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Portal Tech4Health, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.
Apenas usuários cadastrados no Portal tech4health t4h podem comentar, Cadastre-se! Por favor, faça Login para comentar