Notícia

Sinais químicos vistos em tempo real no cérebro

Técnicas de imagem revelam como a dopamina é captada

Fonte

Revista Nature

Data

terça-feira, 23 agosto 2016 20:10

Áreas

Neurociência. Neurologia. Engenharia Biomédica. Bioquímica.

Neurocientistas apresentaram uma técnica de imagem que pode auxiliar o entendimento da complexa operação de neurotransmissores no circuito cerebral. Um estudo apresentado no encontro da American Chemical Society’s na Philadelphia, Estados Unidos, no último dia 22 de agosto e publicado na revista Nature demonstrou a possibilidade de rastrear neurotransmissores que são detectados quando atravessam os neurônios para produzir sinais elétricos mais intensos. Atualmente, um dos métodos mais utilizados para medir a atividade dos neurotransmissores consiste em colocar uma ponta de prova metálica no espaço entre os neurônios para medir como os neurotransmissores reagem quimicamente quando tocam o metal. No entanto, a ponta de prova é incapaz de distinguir moléculas semelhantes como a dopamina, envolvida em sensações de prazer e recompensa e a noradrenalina, envolvida em estados de atenção.

Os neurocientistas Dr. Paul Slesinger da Icahn School of Medicine de Nova Iorque e Dr. David Kleinfeld da Universidade da Califórnia em San Diego desenvolveram um método para modificar geneticamente células humanas que produzem receptores artificiais para neurotransmissores. Esses receptores são ligados a moléculas fluorescentes, que ao serem atingidas por um determinado neurotransmissor “acendem”. Os primeiros testes foram realizados em 13 ratos através da injeção de um neurotransmissor fluorescente baseado na célula conhecida como CNiFERs. Foram analisadas as células neurais em tempo real, através da ação de dois neurotransmissores, a dopamina e a noradrenalina após estimulação específica.

Esse método de imagem poderá quantificar determinado neurtotransmissor, apesar do uso de receptores geneticamente modificados, mas não permite revelar qual neurônio está recebendo ou enviando o sinal, o que dificulta o mapeamento dos circuitos cerebrais. Outros grupos de pesquisa tem estudado o CNiFERs em diferentes situações e com moléculas variadas. Por enquanto, os testes são realizados apenas em animais, pois o uso em humanos pode causar danos no cérebro.   

Leia a matéria completa na revista Nature (em inglês).

Fonte: Sara Reardon, Revista Nature, Agência Saúde. Imagem: David Kleinfeld Lab, UCSD.

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