Notícia
Sensor de sódio poderia ajudar a melhorar o controle da hipertensão
Sistema eletrônico flexível miniaturizado usa a tecnologia Bluetooth para transmitir sem fio o consumo de sódio a um smartphone ou tablet
Rob Felt, Instituto de Tecnologia da Geórgia
Fonte
Instituto de Tecnologia da Geórgia
Data
terça-feira, 8 maio 2018 08:50
Áreas
Engenharia Biomédica. Bioeletrônica.
Para pessoas que têm hipertensão, comer muito sal aumenta a pressão arterial e aumenta a probabilidade de complicações cardíacas. Para ajudar a monitorar a ingestão de sal, pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, desenvolveram um sistema de sensoriamento sem fio, flexível e extensível projetado para ser usado confortavelmente na boca para medir a quantidade de sódio que uma pessoa consome.
Baseado em uma membrana elastomérica ultrafina e respirável, o sensor integra-se a um sistema eletrônico flexível miniaturizado que usa a tecnologia Bluetooth para transmitir sem fio o consumo de sódio a um smartphone ou tablet. Os pesquisadores planejam miniaturizar ainda mais o sistema.
“Podemos medir, de forma discreta e sem fio, a quantidade de sódio que as pessoas estão absorvendo ao longo do tempo”, explicou o Dr. Woon-Hong Yeo, professor de engenharia mecânica do Instituto de Tecnologia da Geórgia. “Ao monitorar o sódio em tempo real, o dispositivo poderia um dia ajudar as pessoas que precisam restringir a ingestão de sódio a aprender a mudar seus hábitos alimentares e dieta”.
Detalhes do dispositivo foram publicados na edição de 7 de maio da revista científica Proceedings of National Academy of Sciences. O dispositivo foi testado em três participantes adultos do estudo que usaram o sistema de sensores por até uma semana enquanto comiam alimentos sólidos e líquidos, incluindo suco de vegetais, canja de galinha e batatas fritas.
Segundo a Associação Americana de Cardiologia, os americanos comem em média mais de 3,4 gramas de sódio por dia, muito mais do que o limite de 1,5 gramas por dia recomendado. A associação entrevistou mil adultos e descobriu que “um terço não pôde estimar quanto sódio comiam e outros 54% acharam que estavam ingerindo menos de 2 gramas de sódio por dia”.
O dispositivo
O design flexível começou com a modelagem computacional para otimizar as propriedades mecânicas do dispositivo para uso na cavidade bucal. Os pesquisadores então usaram seu modelo para projetar o circuito com nanomembrana real e escolher componentes.
O dispositivo pode monitorar a ingestão de sódio em tempo real e registrar quantidades diárias. Usando um aplicativo para smartphone ou tablet, o sistema poderia aconselhar os usuários a planejar as refeições e quanto de seu limite diário de sal já teriam consumido. O dispositivo pode se comunicar com um smartphone a até dez metros de distância.
Os próximos passos para o sensor de sódio são miniaturizar ainda mais o dispositivo e testá-lo com usuários que têm indicações médicas para tratar hipertensão, obesidade ou diabetes.
Os pesquisadores não gostariam de usar a pequena bateria, que deve ser recarregada diariamente para manter o sensor em operação. Uma opção seria ligar o dispositivo indutivamente, o que substituiria a bateria e o circuito complexo por uma bobina que poderia obter energia de um transmissor fora da boca.
O projeto nasceu de um objetivo de longo prazo de produzir um sistema de sabor artificial que pode sentir doçura, amargor, pH e salinidade. Esse trabalho começou na Universidade da Comunidade da Virginia , onde o Dr. Yeo era professor assistente antes de ingressar no Instituto de Tecnologia da Geórgia.
Acesse a notícia completa na página do Instituto de Tecnologia da Georgia (em inglês).
Fonte: John Toon, Instituto de Tecnologia da Geórgia. Imagem: Rob Felt, Instituto de Tecnologia da Geórgia.
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