Notícia

Saúde da criança e do adolescente na era digital

Especialistas recomendam restringir tempo de exposição

Pixabay

Fonte

Sociedade Brasileira de Pediatria

Data

segunda-feira, 30 janeiro 2017 20:35

Áreas

Pediatria. Saúde da Criança. Saúde Pública.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), através de seu Departamento de Adolescência coordenado pela Dra. Alda Elizabeth Iglesias Azevedo, elaborou um manual de orientação sobre o uso de tecnologias digitais para crianças e adolescentes. As tecnologias da informação e comunicação estão transformando o mundo à nossa volta e os comportamentos e relacionamentos de todas as pessoas. Crianças e adolescentes fazem parte da geração digital e usam os dispositivos, aplicativos, videogames e a Internet cada vez mais em idades precoces e em todos os lugares. A Lei nº 12.965 de 2014 sobre o Marco Civil da Internet, em seu artigo 29º, explicita a necessidade do controle e vigilância parental e a educação digital como formas de proteção frente às mudanças tecnológicas, em especial sobre os impactos provocados nas famílias e, especificamente, nas rotinas e vivências das crianças e dos adolescentes. Estudos científicos comprovam que a tecnologia influencia o comportamento através do mundo digital, modificando hábitos desde a infância, o que podem causar prejuízos e danos à saúde.

O uso precoce e de longa duração de jogos online, uso de redes sociais ou uso de diversos aplicativos com filmes e vídeos na Internet pode causar dificuldades de socialização e conexão com outras pessoas e dificuldades escolares; a dependência ou o uso problemático e interativo das mídias causa problemas mentais, aumento da ansiedade, violência, transtornos de sono e alimentação, sedentarismo, problemas auditivos por uso de fones de ouvido, problemas visuais, problemas posturais e lesões de esforço repetitivo (LER); problemas que envolvem a sexualidade, como maior vulnerabilidade ao grooming e sexting; compra e uso de drogas, pensamentos ou gestos de autoagressão e suicídio; além das “brincadeiras” ou “desafios” online que podem ocasionar consequências graves e até o coma por anóxia cerebral ou morte.

O uso diário e intenso através principalmente do aparelho celular faz com que 21% dos adolescentes deixem de comer ou dormir por causa da internet; 77% enviem mensagens instantâneas ou usem as redes sociais quando sozinhos; 61% postem fotos ou vídeos na Internet e 21% repassem informações pessoais para outras pessoas com quem só tiveram contato a partir da relação online. Em 11% das famílias, os pais nada sabem sobre as atividades de seus filhos e em 41% sabem mais ou menos, demonstrando os problemas de segurança e de privacidade de crianças e adolescentes que assim estão expostos numa rede totalmente incontrolável e accessível em qualquer momento ou horário ou de qualquer lugar.

A SBP, através de seu manual de orientação, recomenda que:

  • O tempo de uso diário ou a duração total/dia do uso de tecnologia digital seja limitado e proporcional às idades e às etapas do desenvolvimento cerebral-mental-cognitivo-psicossocial das crianças e adolescentes. Desencorajar, evitar e até proibir a exposição para crianças com menos de 2 anos durante as horas das refeições ou entre uma e duas horas antes de dormir;
  • Limite-se o tempo de exposição às mídias ao máximo de uma hora por dia, para crianças entre 2 e 5 anos de idade. Crianças entre 0 e 10 anos não devem fazer uso de televisão ou computador nos seus próprios quartos. Adolescentes não devem ficar isolados nos seus quartos ou ultrapassar suas horas saudáveis de sono às noites (8 a 9 horas/noite/fases de crescimento e desenvolvimento cerebral e mental). Deve ser estimulada atividade física diária por pelo menos uma hora.

 

Acesse o documento completo da SBP.

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria. Imagem: Pixabay.

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