Notícia

Risco de recorrência de crises epilépticas não provocadas em crianças

Eventos que ocorrem durante o sono são mais susceptíveis a recidiva

Fonte

Jornal de Pediatria

Data

quarta-feira, 28 junho 2017 15:48

Áreas

Pediatria. Neurologia. Saúde da Criança.

As crises epiléticas são um dos problemas neurológicos mais frequentes na infância. Estima-se que aproximadamente 50% das crianças e adolescentes que têm uma primeira crise epilética possam ter uma recorrência. O conhecimento da história natural após uma primeira crise epilética não provocada e dos fatores de risco para recorrência é essencial para estabelecer critérios de tratamento e seguimento.

Ao longo dos anos, vários autores têm sugerido fatores preditores de recorrência, como a idade da primeira crise, o gênero, a história familiar e perinatal, as características da crise, o resultado de eletroencefalograma (EEG), entre outros exames diagnósticos. Contudo, os estudos nem sempre são consensuais e, na maioria das vezes, são ainda escassos.

Estudo realizado por pesquisadores portugueses e publicado na edição de junho de 2017 da revista científica Jornal de Pediatria avaliou retrospectivamente 103 crianças no período de 2003 a 2014, que apresentaram uma primeira crise epiléptica não provocada e que foram atendidas em hospital local. A idade média das crianças na primeira crise epiléptica foi de 6,1 anos, com historia familiar de epilepsia em 44% dos casos. Os meninos representavam 52.4% e as meninas 47.6% dos casos. 93% das crianças fizeram EEG no primeiro episódio e 47% realizaram exames de ressonância magnética. O tratamento com fármaco antiepilético foi instituído em 46% dos pacientes, pois o tratamento antiepilético após a primeira crise reduz a recorrência nos dois primeiros anos.

Os resultados mostraram que a taxa de recorrência foi de 38% e, desses, 80% tiveram a segunda crise nos seis meses seguintes após o primeiro evento. Dos fatores de risco estudados verificou-se uma relação estatisticamente significativa entre a crise durante o sono e a recorrência, assim como entre as crises de etiologia sintomática remota e a ocorrência de novas crises. A presença de anormalidades no EEG também esteve associada à ocorrência de novas crises. Não houve relação entre idade, duração da crise e história familiar de epilepsia com elevação do risco de recorrência.

Os autores concluíram que as crises que ocorrem durante o sono ou com EEG alterado são mais suscetíveis à recidiva.

Acesse o artigo científico completo.

Fonte: Jornal de Pediatria.

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