Notícia
Relógio biológico pode ser fundamental para melhorar tratamento da asma
Estudo pode ter implicações importantes na prática clínica da asma e de outras condições inflamatórias
Shutterstock
Fonte
Universidade de Manchester
Data
segunda-feira, 10 setembro 2018 12:30
Áreas
Medicina. Pneumologia. Biologia.
O relógio biológico humano pode ter um impacto significativo na forma como os médicos são capazes de diagnosticar e tratar a asma, de acordo com nova pesquisa da Universidade de Manchester, no Reino Unido. A líder do estudo, Dra. Hannah Durrington, diz que o trabalho tem implicações importantes na prática clínica da asma e de outras condições inflamatórias.
O estudo envolvendo mais de 300 asmáticos graves descobriu que suas amostras de escarro tinham mais de duas vezes a probabilidade de ter mais células inflamatórias – ou eosinófilos – pela manhã do que no período da tarde. Os níveis de eosinófilos são usados para orientar o tratamento em pacientes com asma grave. O estudo foi publicado na revista científica American Journal of Respiratory e Critical Care Medicine.
Médico e pacientes sabem há muito tempo que os sintomas da asma pioram nas primeiras horas da manhã. Mas pesquisas anteriores mostraram que o agravamento dos sintomas tem causa biológica, e não como resultado de se deitar.
Segundo a Dra. Hannah Durrington, “Estes resultados de pesquisa são realmente animadores, mas (a pesquisa ainda está) em um estágio inicial – nosso objetivo era entender um pouco mais sobre como o relógio biológico afeta a bioquímica de uma pessoa com asma. Mas estamos satisfeitos porque o nosso trabalho deve ajudar no diagnóstico preciso e no tratamento da asma no futuro”.
A pesquisadora diz que os resultados podem ter implicações importantes em outras condições pulmonares, bem como fora da medicina respiratória. “Com base em nossos resultados, diferentes decisões clínicas podem ser tomadas, dependendo se o paciente recebe uma consulta pela manhã ou à tarde”. “(O estudo) também aponta para oportunidades de tratamento mais personalizado para o atendimento da asma no futuro. Da mesma forma que a medição dos níveis de glicose no diabetes permite o ajuste da dose de insulina, podemos prever os asmáticos monitorando seus biomarcadores durante o dia, para ajudar a informar os melhores momentos de tratamento”, concluiu a especialista.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Manchester (em inglês).
Fonte: Micheal Addelman, Universidade de Manchester. Imagem: Shutterstock.
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