Notícia
Recomendações farmacológicas para o tratamento da DPOC
Especialistas publicam artigo sobre o tratamento da doença, que deve ser individualizado
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Fonte
Jornal Brasileiro de Pneumologia
Data
sábado, 30 setembro 2017 16:25
Áreas
Pneumologia. Farmacologia. Saúde Pública.
O tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) vem se tornando cada vez mais eficaz. A DPOC exacerbada, ou E-DPOC, é um evento no curso natural da doença, e é caracterizada por sustentada piora dos sintomas respiratórios habituais do paciente além das variações normais do dia a dia e que resulta na necessidade de alterar a medicação regular do paciente. A E-DPOC pode ser diagnosticada pela presença de pelo menos duas das seguintes alterações: aumento da dispneia, aumento da expectoração e aumento da purulência do escarro.
A E-DPOC pode ser causada por vários fatores, mas a maioria está associada a infecções virais ou bacterianas. Mais de 40% das exacerbações estão relacionadas aos vírus respiratórios, embora agentes não infecciosos irritantes das vias aéreas, como a poluição do ar, também possam ser desencadeantes. A E-DPOC aumenta o processo inflamatório, acelera a progressão da doença, piora a qualidade de vida e aumenta o risco de recorrência e de hospitalizações. A E-DPOC também é associada ao maior risco de eventos cardiovasculares, principalmente infarto agudo do miocárdio.
Medidas que envolvem desde mudanças comportamentais, redução de exposições a fatores de risco, educação sobre a doença e seu curso, reabilitação, oxigenoterapia, manejo de comorbidades, tratamentos cirúrgicos e farmacológicos possibilitam uma terapêutica personalizada e efetiva. A individualização do tratamento é fundamental, devendo ser baseada na disponibilidade das medicações existentes, gravidade da doença, preferências do paciente, interações medicamentosas e comorbidades. Com o intuito de avaliar criticamente a evidência recente e sistematizar as principais dúvidas referentes ao tratamento farmacológico da DPOC, foram reunidos 24 especialistas de todo o Brasil para elaborar recomendações atualizadas, que foram publicadas na edição de julho/agosto da revista científica Jornal Brasileiro de Pneumologia.
Dentro os principais objetivos do tratamento da DPOC estão a redução de sintomas, que inclui alivio da dispneia e tosse; melhora do estado de saúde e da tolerância ao exercício; redução de riscos, que engloba mitigar a progressão da doença; prevenção e tratamento da E-DPOC; e redução da mortalidade. Segundo a publicação, os medicamentos mais utilizados são os long-acting β2 agonists (LABA, β2-agonistas de longa duração) quanto os long-acting antimuscarinic agents (LAMA, antimuscarínicos de longa ação) são opções. Os broncodilatadores de longa duração são mais eficazes do que os de curta duração e devem ser priorizados no tratamento dos pacientes com sintomas persistentes, principalmente a dispneia. O roflumilaste é um inibidor seletivo da fosfodiesterase-4 (PDE4) e age bloqueando a atividade dessa enzima, aumentando os níveis intracelulares de AMPc, com consequente redução na atividade inflamatória celular. Receptores da PDE4 são também expressos nas células da musculatura lisa das vias aéreas; porém, esse efeito direto de broncodilatação é pequeno.
Acesse o artigo científico completo.
Atenção: esta é apenas uma notícia sobre uma publicação científica. Nunca tome qualquer medicamento sem a indicação e o acompanhamento de um médico.
Fonte: Jornal Brasileiro de Pneumologia. Imagem: Shutterstock.
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