Notícia

Reabilitação Infantil no ambulatório da Rede Lucy Montoro

Equipe multiprofissional acolhe crianças com deficiência com objetivos terapêuticos de longo prazo e melhora a inclusão

Divulgação

Fonte

Rede Lucy Montoro

Data

segunda-feira, 8 junho 2015 10:05

Áreas

Reabilitação.

A reabilitação para as crianças é um trabalho bem diferente da reabilitação para os adultos. Uma das diferenças fundamentais é que, entre esses pacientes, alguns já nasceram com a deficiência, de maneira que nunca experimentaram uma determinada função – como andar, por exemplo. Pensando nisso, o Instituto de Reabilitação Lucy Montoro criou um Ambulatório Infantil.

Em funcionamento desde a inauguração da unidade Morumbi, em São Paulo, há quatro anos, a equipe desse ambulatório é formada por fisiatras, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, fonoaudiólogos, musicoterapeutas e educadores físicos.

Para início do tratamento, o paciente precisa ter no máximo sete anos, porém o acompanhamento se estende até os 14, se houver necessidade. O primeiro contato acontece na entrevista social, momento em que os assistentes sociais e psicólogos compreendem o diagnóstico da criança e a estrutura social e familiar em que ela está inserida. É nesta etapa que a equipe analisa se o candidato está dentro do perfil de atendimento do Instituto e, caso esteja, é eleito para o programa de reabilitação.

O paciente frequenta o ambulatório até atingir seus objetivos terapêuticos, que são traçados pela equipe multiprofissional. “Reabilitação é buscar, através do conhecimento que a equipe tem das mais variadas técnicas, descobrir qual é o máximo potencial daquele indivíduo e ajudá-lo a desenvolver esse potencial, com a finalidade de que ele exerça o seu papel no mundo”, explica a Dra. Maria Ângela de Campos Gianni, Médica Fisiatra do Ambulatório Infantil da unidade Morumbi, que trabalha há mais de 25 anos com reabilitação de crianças e adolescentes.

A paralisia cerebral é o diagnóstico mais frequente no Instituto, com 81% dos casos. Outros números significativos são os casos de lesão medular (12%) e amputação (2%), sendo que os 5% restantes correspondem a outras lesões. Entre julho e dezembro de 2014, 118 crianças estiveram em tratamento, das quais 52% eram meninos e 48% meninas. A média de idade delas foi de 3,2 anos e a duração média do acompanhamento foi de dez meses.

O trabalho do Instituto de Reabilitação Lucy Montoro extrapola o consultório. “Uma das atividades mais comuns da equipe é a visita nas escolas. A inclusão da criança com deficiência, apesar de ser lei desde 2010, ainda é bastante difícil. A equipe faz essa visita sob demanda da Instituição, que deve demonstrar receptividade”, conta a Dra. Maria Ângela. Caso os pais dos pacientes queiram indicação de uma escola preparada para receber crianças com deficiência, a equipe do Serviço Social providencia as recomendações.

Os familiares podem contar com o apoio do Instituto em todas as questões que envolvem a cidadania, os direitos e os deveres das pessoas com deficiência. “Temos conseguido fazer, uma vez por ano, uma atividade educativa para pais e responsáveis. É um dia de palestras e conversas em que todas as equipes do Instituto falam sobre o seu trabalho e dão conselhos para melhorar a autonomia do paciente”, relata a especialista.

O Instituto de Reabilitação Lucy Montoro também fornece cadeiras de rodas, órteses e próteses para seus pacientes. Os adultos podem solicitar uma cadeira nova, caso ela esteja avariada, a cada dois anos. Já as crianças, por conta do crescimento, podem pedir uma nova anualmente. As famílias contam com esse suporte durante toda a vida.

Fonte: Rede Lucy Montoro. Imagem: Divulgação.

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